Taxa de vacância em imóveis para escritórios deve chegar a 23%
O mercado de imóveis de escritórios de São Paulo deve enfrentar maior taxa de vacância em 2020. Projeções realizadas pela consultoria imobiliária JLL apontam que o índice deve atingir 23% na cidade, 2,2 p.p. a mais do que em 2019, que fechou em 20,8%.
Segundo o relatório de mercado de escritórios de alto padrão da JLL do primeiro trimestre de 2020, a vacância era de 19,3% e a disponibilidade de apenas 13,6%, considerando locações que eram previstas para acontecer ao longo deste ano. Contudo, a pandemia da Covid-19 alterou o panorama impondo às empresas a necessidade de reavaliar seus espaços em vista da adoção maciça ao home office e do distanciamento social imposto para o retorno ao trabalho presencial.
Para Monica Lee, diretora de Representação de Ocupantes da JLL, ainda há incertezas sobre como a reentrada acontecerá. Há empresas que já anunciaram que o retorno ao escritório se dará apenas no início de 2021, mas também existem aquelas que planejam uma volta gradativa no próximo semestre, já adaptando o escritório para receber seus funcionários.
“Neste momento, percebemos que as empresas estão avaliando que talvez não seja necessário ter tanto espaço assim e muitos estão em um momento de análise, já com planos para devolver algumas lajes”, explica a executiva.
Série Histórica e Prevista para 2020
Impactos em 2021
As projeções são de que esta movimentação tenha impactos também em 2021. Com a postergação de locações e com a previsão do aumento das devoluções de escritórios, a vacância na cidade tende a aumentar em 2020, assim como a disponibilidade de espaço na cidade. Há devoluções que só serão contabilizadas no calendário de 2021, devido ao período de aviso prévio e desmobilização.
“O aumento de disponibilidade na cidade pode ser uma boa oportunidade para empresas repensarem sua ocupação e avaliarem seus contratos buscando melhores condições comerciais com preços que tendem a cair, à medida que a vacância sobe na cidade”, lembra Monica.