Empresa paranaense aposta no crescimento do mercado de galpões logísticos e investe R$ 30 milhões para ampliar condomínio

A construção de galpões logísticos no Brasil começou no início dos anos 2000. Até então, eram construídos alguns galpões mono usuários para servir de armazéns a grandes atacadistas e indústrias. E foi assim que nasceu a logística no Brasil. Foi também nesta época que começaram a surgir transportadoras que se dispunham a fazer o trabalho de distribuição às indústrias, administrando estoques e faturando da indústria diretamente para o cliente. As indústrias mantinham escritórios dentro das transportadoras com apenas um funcionário e uma impressora para emitir notas fiscais, cabendo à transportadora, a logística da distribuição.
Mas este mercado evoluiu bastante e o cenário para empresas que usam galpão logístico é cada vez melhor. Com o aumento das vendas do comércio eletrônico a demanda por galpões logísticos deve continuar crescendo.
Mega Curitiba
A paranaense Capital Realty, desenvolvedora e administradora de condomínios logísticos, vem apostando neste segmento e está expandindo o condomínio logístico Mega Curitiba, localizado em Campina Grande do Sul. Mesmo em meio à pandemia, a empresa está investindo R$ 30 milhões para acrescentar mais 21 mil m² de área construída no condomínio, que passará a totalizar 66 mil m². A obra deve ser entregue em dezembro/2020.
Com as novas empresas que ocuparão esses espaços, 130 vagas de empregos serão criadas. A empresa, que é dirigida pelo empresário Rodrigo Demeterco (foto), opera hoje nos três estados do Sul, e tem capacidade de elevar rapidamente sua área de galpões logísticos. Só no Mega Curitiba, existe a possibilidade de chegar a 155 mil m² de área construída.
Ainda este ano, a Capital Realty pretende comprar um terreno para implantar novo condomínio logístico em um dos mercados que já atua e que soma 450 mil m² de área construída.
E-commerce impulsiona locações
O e-commerce fez crescer o número de locações de galpões logísticos durante a pandemia, segundo pesquisa da SiiLa Brasil, plataforma de dados do mercado imobiliário comercial brasileiro.
As empresas que trabalham com e-commerce são as responsáveis pelo aumento da demanda. Os números dão destaque para o Sudeste: no Rio de Janeiro, o total de área locada no segundo trimestre de 2020 foi 3 vezes maior que o total de absorção em 2019, levando a taxa de vacância para 21,3%, a mais baixa desde 2016.
Em São Paulo, a taxa de ocupação de condomínios logísticos passou de 82% no ano passado, contra 81,9% no segundo trimestre deste ano. Segundo a pesquisa, os números não refletem redução da taxa porque o mercado recebeu 122,8 mil metros quadrados de novos espaços.