Por que tantas empresas estudam fazer IPO?
Em 2020, mesmo passando por uma das maiores crises da história causada pela pandemia do Coronavírus, 13 empresas passaram a ser listadas na Bolsa de Valores de São Paulo e o número de ofertas primárias de ações protocoladas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a 44. Só no mês de agosto, cerca de 20 companhias protocolaram o pedido de IPO. Mas o que é o IPO e o que leva uma empresa realizar esse processo?
Pollyanna Rodrigues Gondin, economista e professora da Escola de Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter, explica que a Oferta Inicial de Ações (IPO, na sigla em inglês) é um processo que possibilita abrir o capital, tornando-se, assim, uma companhia com ações negociadas na Bolsa de Valores. “Após esse processo qualquer pessoa pode se tornar sócia ou dona de uma parte dessa empresa. Os investidores interessados podem comprar as ações através de uma corretora de valores”, comenta.
Por que as empresas abrem capital?
A Oferta Inicial é uma forma da empresa captar recursos, já que na prática estão vendendo pequenos pedaços da instituição. “Mesmo tendo um alto custo, o processo pode valer mais a pena do que um empréstimo bancário, por exemplo. Esse dinheiro levantado, que veio por meio dos investidores, pode ser utilizado para financiar novos projetos e expansão da empresa”, afirma Pollyanna.
Mais pessoas na Bolsa de Valores
Com o baixo retorno da renda fixa e alta volatilidade da bolsa, muitas pessoas passaram a investir em renda variável. Essa migração pode ser notada com o aumento no número de investidores pessoa física na Bolsa de Valores de São Paulo, que chegou a 76% em apenas oito meses. O número de pessoas físicas investindo pulou de 1,68 milhão ao final de 2019 para 2,96 milhões, em agosto.