Franquia paranaense de bares retoma expansão

Entre os setores mais afetados pela pandemia da Covid-19 estão os bares e restaurantes. Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, mais de 300 mil estabelecimentos em todo o País fecharam suas portas em decorrência da quarentena. Mas existem casos de redes que, além de se manterem em funcionamento, também estão crescendo em meio às dificuldades. Um exemplo é a paranaense Mr. Hoppy, que é a maior rede de franquias de bares do Brasil e também a maior revendedora de chope artesanal do País

A marca tinha grandes planos para 2020.  Só para se ter uma ideia, entre 2018 e 2019, o faturamento cresceu 200%, saltando de R$ 17 milhões para R$ 50 milhões. Já o número de unidades franqueadas pelo Brasil mais do que dobrou, passando de 18 para 39 bares abertos em oito estados brasileiros.

O início do ano já mostrava bons indícios de que a meta seria alcançada: logo nos dois primeiros meses de 2020, cinco novos franqueados já haviam assinado contrato. No entanto, em março a pandemia chegou ao país.

Novas ações para enfrentar a pandemia

Foi então que os sócios da Mr Hoppy, José Araújo Netto  e Vinicius Sampaio (foto acima) decidiram parar de vender franquias e adiar as inaugurações. As ações então se voltaram no sentido de apoiar os franqueados, e entre as iniciativas adotadas estão a não cobrança das taxas de royalties, o delivery foi flexibilizado e passou a trabalhar com todas as plataformas de entrega.

Como franqueadora, a empresa negociou com todos os fornecedores, garantindo condições especiais para os franqueados. Os donos das franquias receberam orientação,  inclusive jurídica, para facilitar as negociações dos aluguéis dos bares.

O trabalho surtiu efeito. Todos os bares conseguiram, ao menos, cobrir os custos da operação e houve até casos de lucro através das estratégias desenvolvidas pela franqueadora para o delivery. Os fornecedores aceitaram receber apenas pelo estoque consumido, quase em uma espécie de consignação. Por fim, praticamente todos os franqueados conseguiram renegociar seus aluguéis, com reduções que variaram de 30% até 70% do valor original. E os que não conseguiram estão recebendo apoio jurídico para tomar as medidas cabíveis.

Para os próximos meses, a marca espera retomar o ritmo de expansão e de inaugurações pré-pandemia. Já estão previstas três inaugurações para as próximas semanas. E a expectativa é fechar 2020 com 45 unidades, chegando no próximo ano a 60 bares abertos.

Retomada

, a marca começa a olhar para o horizonte. “Eu sinto que aos poucos estamos retomando a normalidade. O faturamento das lojas está começando a aumentar. Por isso, decidimos retomar a venda das franquias e também as inaugurações. No início de setembro, abrimos a nossa nova unidade em Recife e o bar está operando bem desde então”, conta José Netto.

O empresário destaca que acredita fielmente na recuperação do Mr. Hoppy, por ser uma marca que foi forjada na crise. “A ideia surgiu em 2015, o projeto se tornou realidade e em 2017 iniciamos a expansão via franquias. Ou seja, é uma empresa que nasceu e cresceu durante uma das piores crises econômicas que o Brasil já passou. O nosso produto é um produto de crise. As pessoas vão querer continuar tomando chope artesanal e comendo hambúrguer, mas com a diminuição da renda, vão procurar opções mais baratas, o que é o nosso caso”, afirma Netto.

Investimento 

O investimento inicial para abrir um bar do Mr. Hoppy parte de R$ 165 mil, em média – R$ 90 mil de taxa de franquia, R$ 55 mil de reformas e equipamentos e R$ 20 de estoque e capital de giro.

O faturamento médio por mês é de R$ 100 mil e o lucro médio mensal é de 15% sobre o faturamento.  O prazo de retorno do investimento costuma girar entre 10 a 12 meses – estimativa comprovada em mais de 90% das franquias da rede.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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