Cresce faturamento do setor moveleiro
Brasileiro gasta 1,4% de sua renda com mobiliário
A cadeia produtiva de móveis constatou em maio expansão de 3% no faturamento, na comparação com o mesmo período de 2019, período pré-pandemia. Em geral, o brasileiro gasta 1,4% de sua renda com mobiliário. Os dados foram apresentados na ForMóbile 2022, a maior e mais completa feira da América Latina para a indústria moveleira que acontece até a próxima sexta-feira (08) em São Paulo.
O evento reúne indústria (de equipamentos e produtos finais), marceneiros, fornecedores e revendedores deste mercado. Em sua nova edição, a maior e mais completa feira da indústria moveleira da América Latina, volta ao formato presencial e traz 500 marcas expositoras, além de palestras, oficinas e espaços para networking e negócios. Durante o primeiro dia de encontro, quem foi ao pavilhão do São Paulo Expo teve uma experiência completa, desde o estudo de novas matérias-primas e design, até a montagem do produto final.
“Este primeiro dia de ForMóbile foi extremamente positivo em função da quantidade e qualidade do público visitante, que superou o registrado na última edição do evento, realizada em 2018”, analisa o show manager da ForMóbile, Tatiano Segalin. “Recebemos profissionais de diferentes estados do país e até do exterior que vieram em busca dos lançamentos represados pela pandemia e pelo lockdown. A demanda é intensa por inovação, especialmente por soluções, seja nos processos industriais, seja nos produtos focados nas questões da sustentabilidade e eficiência. É exatamente isto que o mercado encontra na ForMóbile”, acrescenta.
Indicadores do setor
Laercio Comar, CEO da AddeMonitor – Indicadores Comerciais, apresentou, no Palco ForMóbile, os mais novos indicadores para a indústria moveleira. De acordo com ele, o desafio do setor é driblar a alta da inflação, que atinge tanto as empresas quanto os consumidores no mundo todo.
“O fator pandemia causou desestabilidade, o que culminou na alta da inflação. Uma empresa que faturava R$ 1 milhão antes, hoje fatura R$ 1,4 milhões, porém, o seu custo de produção e seus gastos também cresceram. Hoje, para R$ 1 milhão de faturamento é necessário mais de R$ 1,6 milhões de capital de giro”, explica Comar.
Ainda assim, o especialista comenta que os indicadores são positivos, pois a produção atual já é maior do que a registrada antes da pandemia. O faturamento de empresas do ramo também cresceu. De acordo com dados da AddeMonitor, o setor moveleiro registrou no mês de maio de 2022 aumento de 3% no faturamento em relação ao segundo semestre de 2019.
Comar ressalta que é importante que os profissionais conheçam quem é o público e fiquem restritos às tendências de nicho. “Sempre me perguntam qual o melhor nicho do segmento. Trouxe aqui uma análise que mostra que o crescimento é praticamente igual quando se fala de cozinhas e dormitórios. O melhor segmento é aquele que você conhece bem e faz. Conheça seu público, veja quanto ele ganha e quanto da renda dele pode ser comprometida com móveis. Em geral, o brasileiro gasta 1,4% de sua renda com mobiliário. O valor tem peso diferente de acordo com a renda, porém, mostra que temos um grande espaço para explorar e crescer“, diz. O palestrante alerta que os meses de julho e agosto são cruciais para a busca ativa de clientes e fechamento de negócios por antecederem as eleições.