Magalu fecha 2022 com R$ 60 bilhões em vendas e caixa de R$ 10,6 bilhões

Magalu fecha 2022 com R$ 60 bilhões em vendas e caixa de R$ 10,6 bilhões

Margem Ebtida atinge 6% no quarto trimestre do ano passado, contra 2,6% no mesmo período de 2021

O Magalu (B3:MGLU3), uma das maiores plataformas de varejo do Brasil, informou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) os resultados financeiros do quarto trimestre de 2022. No ano, as vendas totais da companhia – que incluem lojas físicas, e-commerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P) – atingiram o recorde de R$ 60 bilhões, com crescimento de 8% em relação a 2021. No quarto trimestre, marcado por datas importantes para o setor como Black Friday e Natal e pela realização da Copa do Mundo, as vendas totais foram de R$ 18 bilhões, um avanço de 16% na comparação anual.

“Sempre estivemos determinados a crescer com rentabilidade, de forma sustentável”, diz Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Em 2022, diante de um cenário macro muito desafiador, tornamos nossa estrutura mais leve ao mesmo tempo em que trabalhamos para ganhar participação de mercado. A evolução dos nossos resultados, trimestre após trimestre, mostra que estamos no caminho certo.”

Ao longo do primeiro trimestre, a companhia fez ajustes operacionais que levaram ao aumento da margem bruta. As políticas de frete e de comissionamento do marketplace foram revisadas. O giro dos estoques foi reduzido em mais de 30 dias ao longo do ano. Em dezembro, o nível de estoque atingiu R$ 7,8 bilhões – R$ 1,3 bilhão menor do que o registrado no mesmo período de 2021. Com isso, a margem Ebtida ajustada – que havia sido de 2,6% no quarto trimestre do ano anterior – chegou a 6%. Em 2022, o Ebtida ajustado do Magalu atingiu R$ 2,1 bilhões, um avanço de 44% em relação ao registrado em 2021. No ano, a margem Ebtida foi de 5,7%, melhor patamar em três anos.

Em paralelo, o Magalu continuou a buscar ganho de participação de mercado em todos os seus canais. Com o impulso de ações promocionais relacionadas à Copa do Mundo do Catar, as vendas totais do e-commerce cresceram 16% entre outubro e dezembro, atingindo R$ 13 bilhões. O 1P – e-commerce com estoque próprio – o avanço foi de 18%. No 3P – representado pelos mais de 260 000 sellers do marketplace – as vendas aumentaram 12% no trimestre e 33% em dezembro. Esse desempenho levou a um ganho de 5,1 pontos percentuais na participação da empresa no mercado online. Nas mais de 1300 lojas físicas da companhia, as vendas chegaram a R$ 5 bilhões, aumento de 15% na comparação anual.

Com a melhoria de resultados operacionais e de capital de giro, a geração de caixa do Magalu foi de mais de R$ 800 milhões no ano e de R$ 2,2 bilhões entre outubro e dezembro de 2022. A companhia fechou o ano com um caixa total de R$ 10,6 bilhões, incluindo aplicações financeiras e recebíveis de cartão de crédito – o que permite que o Magalu continue a investir em sua estratégia de longo prazo de ser o principal indutor da digitalização do varejo analógico brasileiro.

Novas fontes de receitas

A multicanalidade é um dos pilares e a grande fortaleza do modelo de negócios do Magalu. Graças à conexão e integração entre os mundos físico e digital, é possível aliar custos menores, rentabilidade maior e melhor nível de serviço ao cliente. Esse modelo – aplicado há anos na operação de estoque próprio – está sendo levado aos sellers do marketplace. Isso significa mais eficiência para os varejistas presentes na plataforma e novas formas de receita para a companhia. Atualmente, 80% dos pedidos feitos no marketplace são entregues pelo Magalu Entregas. Mais de 61 000 sellers usam o serviço de drop off de produtos vendidos nas lojas físicas da rede. O mais recente serviço oferecido aos varejistas é o fulfillment, presente em cinco centros de distribuição da empresa e já utilizado por mais de 1 000 parceiros do marketplace.

A diversificação das receitas também tem origem no desenvolvimento do ecossistema de negócios do Magalu e no aumento do número de categorias de produtos oferecidos. No quarto trimestre, produtos de categorias como moda, beleza, esportes e games representaram 51% das vendas da companhia no canal online.

Em moda, as vendas do marketplace cresceram 25% entre outubro e dezembro. Com isso, os sellers já são responsáveis por 65% das vendas totais dessa categoria. A Zattini tem o quarto maior tráfego de e-commerce de moda no Brasil, segundo a Neotrust, e é o segundo maior varejista em buscas por calçados no Google. Em beleza, as vendas aumentaram 22% no quarto trimestre, com ganho de 1,9 ponto percentual de marketshare online na categoria.

Na categoria de esportes, o marketplace cresceu 34% entre outubro e novembro de 2022. No ano, a Netshoes registrou um lucro líquido de R$ 56 milhões. Em delivery de comida, a AiQFome – segunda maior plataforma de entrega de comida do Brasil – superou 30 milhões de pedidos no ano, o que corresponde a cerca de 1,4 bilhão de reais em vendas. Na KaBum!, o GMV chegou a R$ 4 bilhões em 2022, com cerca de R$ 180 milhões de lucro e forte geração de caixa.

O quarto trimestre foi o melhor do ano para a LuizaCred. A carteira da empresa atingiu R$ 20,6 bilhões e o faturamento dos cartões de crédito – Cartão Luiza e Cartão Magalu – foi de R$ 14,5 bilhões no trimestre e R$ 54  bilhões em 2022 (30% maior que em 2021). A Fintech Magalu cresceu 15% entre outubro e dezembro, com cerca de R$ 26 bilhões em TPV. Em 2022, o TPV da fintech foi de R$ 91 bilhões, com crescimento de 39,2%. E, mesmo com o cenário de juros altos, o Magalu Pagamentos obteve R$ 67 milhões de lucro líquido no ano. Dez meses após o lançamento da conta digital para Pessoa Jurídica, mais de 15 000 sellers aderiram ao  produto, transacionando cerca de R$ 700 milhões.

O negócio de publicidade também vem crescendo em ritmo acelerado. Atualmente, 100% do sortimento do e-commerce está habilitado para a busca patrocinada no MagaluAds, plataforma de anúncios digitais da empresa. No quarto trimestre, o MagaluAds atingiu a marca de 6 000 campanhas criadas por mais de 2 500 sellers.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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