Batata, cenoura, mamão e laranja ficam mais baratos em todo o país

Batata, cenoura, mamão e laranja ficam mais baratos em todo o país

Na contramão dos preços baixos, maçã e melancia mantém preços elevados

Com a chegada do inverno o consumo de legumes principalmente no preparo de sopas e caldos aumentam em boa parte dos lares brasileiros. Itens como a cenoura e a batata tiveram quedas acentuadas de preços. Frutas como a laranja e mamão ficaram mais baratas nas principais centrais de abastecimento (Ceasas) do país no mês passado. Os produtos tiveram quedas significativas, com reduções de (-21,23%), (-8,37%), (-6,97%) e (-17,09%), respectivamente. Na contramão, produtos como a maçã e a melancia estão mais caros na mesa dos brasileiros, com alta de (2,88%) e (3,43%).

Os dados são do 6º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado ontem pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No caso da batata, após alta em abril, observou-se em maio nova queda de preços, retomando o movimento verificado no mercado desde o início do ano. A média ponderada ficou 8,37% abaixo da de abril. As maiores quedas ocorreram na Ceasa/PE – Recife (-27,73%) e na Ceasa/ES – Vitória (-20,81%). A principal causa desse descenso de preço foi o nível de oferta registrado nas Ceasas.

No caso da cenoura, depois de um período ascendente, as cotações do legume voltaram a cair em todas as Ceasas. A média ponderada desceu -21,23% em relação a abril, sendo que a variação negativa foi entre -6,96% na Ceasa/CE – Fortaleza e -29,68% na Ceasa/PR – Curitiba. O total movimentado nas Ceasas consideradas no boletim aumentou 16,5%, em maio, em relação a abril, reflexo do aumento da oferta nos estados da Bahia, de Goiás, de Minas Gerais, do Paraná e de São Paulo.

Frutas

No caso do mamão, a maior quantidade da fruta, principalmente da variedade formosa, influenciou na queda dos preços. Também houve queda nos preços da laranja, diante da maior oferta da fruta com crescimento da colheita de laranjas precoces. Em contrapartida, segundo a companhia, maçã e melancia ficaram mais caras no atacado.

Para Fábio Pìzzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, esse movimento pode ser explicado, também, pelo mercado externo. “Podemos observar que a diminuição dos valores está seguindo uma corrente internacional e a diminuição nos encargos logísticos, principalmente com a queda da inflação e a valorização do real perante ao dólar. Tudo isso, além da melhora da análise do Brasil em relação aos investimentos externos, algo que reflete em custos mais baratos para a produção, o que pode explicar uma parte importante da diminuição dos preços destes produtos para o consumidor final no mercado interno”, defendeu o executivo.

Exportação

Nos primeiros cinco meses de 2023, o volume total de frutas enviado ao exterior foi de 420,3 mil toneladas, superior em 3,61% em relação ao mesmo período de 2022; e o valor foi de US$ 453,3 milhões, superior em 18,1% na mesma comparação. Em comparação com o mesmo período de 2021, as exportações deste ano foram menores em quantidade, porém, maiores no valor aferido em dólar. As principais frutas exportadas foram melões, limões e limas, mangas, melancias, bananas, maçãs, mamões, abacates e uvas.

“Acredito que poderemos ter um crescimento no total, em dólar, na exportação desse ano, mesmo com a valorização do real. Isso porque estamos vendo um movimento internacional de aumento de exportação dos produtos do agronegócio brasileiro, que são o principal contribuidor para os valores positivos da nossa balança comercial. Porém, é importante que os produtores que desejam exportar estejam atentos à variação do câmbio que, segundo especialistas do setor, pode continuar a cair nos próximos meses”, completou o executivo. Recentemente, o banco Goldman Sachs revisou o valor do dólar para 2023, apontando que a moeda poderá ser cotada a R$ 4,40 até o final do ano.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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