Índice de perdas em supermercados e lojas de vizinhança cresce 23% desde a pandemia
Somente em supermercados as perdas com furtos, roubos e erros humanos cresceram 52,54%
A pandemia deixou vários rastros desafiadores no varejo entre eles problemas com furtos, roubos e quebras operacionais (falta de abastecimento, excesso de compra, mau armazenamento de produtos). De lá para cá, este índice de perdas só vem aumentando no caso do varejo alimentar (supermercados, lojas de vizinhança e conveniência). Segundo a nova Pesquisa de Prevenção de Perdas (Abrappe), em parceria com a KMPG, o número desde o começo da pandemia até o fim de 2022 cresceu 23%. Um índice bem alarmante são as perdas não identificadas (furtos, roubos, erros humanos) que somente em supermercados aumentou 52,54% neste período.
Entre as tecnologias mais utilizadas para a prevenção de perdas estão: circuito de câmeras, 97%; alarme de presença, 64,5%; ferramentas de BI, 57,6%; controle de acesso, 54%; checklist web, 48,5% e antenas antifurtos, 39,5%.
De acordo com a Abrappe, o índice médio de perdas no varejo foi de 1,48%. Isso representa uma perda de R$ 31,7 bilhões.
Esta semana, a entidade mostrou o resultado completo do estudo com outros 12 segmentos (além de supermercados, farmácias, magazines, lojas de materiais de construção, perfumarias entre outros) durante o Fórum Abrappe de Prevenção de Perdas, no Espaço APAS.
“Iremos ter um painel com CEOs para que possamos trocar informações e melhorar esses números, pois o ano é bem desafiador. Temos queda no consumo em alguns setores, juros altos e por isso, o varejo precisa ter mais eficiência operacional”, explica Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
Segurança humanizada
A Abrappe irá lançar uma cartilha com os novos protocolos para gerenciamento de crises de furtos, roubos e abordagens dentro das lojas por meio de orientações humanizadas na área de segurança.
“Atentos à questão de violência, diversidade, racismo que ocorreram nos últimos anos dentro de lojas do varejo, resolvemos criar novos protocolos para que haja respeito na abordagem por parte dos seguranças ou colaboradores e também melhoria em todos os processos”, afirma Carlos Eduardo. “É um grande desafio para o varejo, mas temos obrigação de promover debates para trazer transformações na sociedade”.