Compra e venda de propriedades rurais no Brasil ainda convive com falta de profissionalismo
RE/MAX lança nova divisão comercial focada no agronegócio
A RE/MAX Brasil está trazendo para o País a RE/MAX Commercial, uma marca dedicada à compra, vendas e locação de imóveis comerciais e industriais. A estreia em território nacional, porém, terá como foco o agronegócio. A estratégia tem como fundamento a pujança do setor que, nos últimos vinte anos, viu seu produto interno bruto (PIB), calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, saltar de US $120 bilhões para US $500 bilhões.
As metas são ambiciosas. Segundo Peixoto Accyoli, presidente e CEO da RE/MAX Brasil, o objetivo é se tornar, em no máximo três anos, a empresa que mais faz transações de fazendas no Brasil.
“Não há um player consolidado neste mercado, apto a facilitar e otimizar a compra e venda de terras agrícolas no País”, afirma Accyoli. “Contamos com uma série de vantagens para alcançar esse posto: nosso modelo de negócios vencedor, nossa capilaridade – 620 unidades distribuídas por todos os estados – e o potencial de sinergia, pois atendemos muitos clientes com imóveis na cidade que buscam também terras no campo”.
O diagnóstico é que, embora o agro tenha se desenvolvido e se modernizado nas últimas décadas, o mercado de áreas rurais não avançou na mesma medida. Ou seja, ainda convive com grandes doses de amadorismo e depende da iniciativa e da determinação dos envolvidos.
“Muitas fazendas são vendidas tal qual um galpão ou um terreno. Mas toda fazenda é um negócio e deve ser tratada com toda a complexidade que isso envolve”, explica Alexandre Trevisan, responsável pela RE/MAX Commercial – Divisão Agro no Brasil. “Não basta, simplesmente, falar em extensão da área ou quanto chove no ano. É preciso entender qual é a vocação daquela terra: laranja ou café, soja ou milho, gado ou suíno? São muitas as variáveis”.
De acordo com Trevisan, hoje, é o próprio comprador que paga uma empresa ou especialista para entender o que determinada terra pode gerar. E, durante a prospecção e negociação, se depara com diversos intermediadores – como um caseiro, um frentista do posto, um advogado ou uma autoridade local. “Queremos amadurecer e simplificar esse processo. Nosso serviço será, lógico, profissional, mas não provocará aumento de custos para a transação”, diz. “Vamos entregar todos os dados da área rural de bandeja e facilitar a vida de todos”.
Para os próximos meses, o plano é que a RE/MAX Brasil inicie um trabalho para qualificar seus corretores empreendedores – são mais de 8 mil – a fim de que eles consigam comercializar propriedades rurais com a mesma desenvoltura com que comercializam imóveis urbanos. A intenção é que a empresa se torne uma one stop shop para o agro, oferecendo todas as ferramentas para compradores e vendedores de terras.