Geração Baby Boomer acelera acesso a serviços digitais e reduz presença em agências bancárias

Geração Baby Boomer acelera acesso a serviços digitais e reduz presença em agências bancárias

Quase metade dos brasileiros entre 18 e 41 anos não têm mais o hábito de sacar dinheiro

As novas tecnologias têm impactado todas as gerações de consumidores, e um resultado dessa transformação digital é a aceleração nas mudanças de hábitos em relação às finanças. Pesquisa da Serasa mostra que apenas 25% da geração Baby Boomer (pessoas acima dos 59 anos) mantém o costume de ir até uma agência bancária para movimentar sua conta, sendo que quase 80% desse público já acessa por aplicativo de celular.

Essas constatações estão no levantamento inédito da Serasa que mostra como as diferentes gerações (X, Y, Z e Baby Boomers) se relacionam com suas finanças. A pesquisa dá início à série de eventos “Serasa Comportamento”, que mensalmente divulgará estudos mostrando diferentes cenários envolvendo a relação dos brasileiros com o dinheiro.

“O levantamento dessas informações é essencial para entendermos como as pessoas lidam com suas finanças em um mercado que se transforma rapidamente. Esse é apenas o primeiro capítulo dessa iniciativa que terá grande contribuição para a educação financeira dos brasileiros”, afirma Matheus Moura, diretor da Serasa.

Digitalização das finanças

O Pix, lançado há menos de três anos, já é o meio de pagamento mais utilizado entre as diferentes faixas etárias de consumidores. O cartão de crédito vem em segundo lugar no uso diário entre as gerações Z, Y e X, embora para os mais velhos, o cartão de débito se sobressaia em relação ao crédito.

O costume de sacar dinheiro desacelera entre todas as gerações, sendo menor entre a geração Z (18 a 28 anos) e Y (29 a 41 anos), 44% e 43% deles, respectivamente, não possuem esse hábito para realizar suas compras e demais transações financeiras. Já 64% dos mais velhos ainda costumam sacar dinheiro ao menos uma vez por mês.

Uma informação que surpreende em meio à transformação digital da sociedade é que os tradicionais cadernos foram citados como o meio mais comum para registrar os gastos entre todas as faixas etárias. Entre as gerações mais jovens, Z e Y, apenas 21% e 15%, respectivamente utilizam aplicativos de finanças, revelando outro dado interessante: para esses consumidores os principais motivos pelos quais não usam é por não se sentirem seguros ou não saber que existia essa opção ou não saber mexer.

Em relação aos temas mais consumidos sobre finanças nos últimos 12 meses, “Investimento”, “Renda extra” e “Educação financeira” lideram entre os mais jovens. Já para os Baby Boomers os assuntos de mais interesse são “Cenário econômico” e “Dívidas”. É interessante observar que o tema “segurança de dados” é mais buscado pelos mais velhos e não aparece na lista das outras gerações mais jovens.

Finanças nas redes sociais

Quando o assunto é educação financeira, a fonte de aprendizado e de consulta mais utilizada entre as gerações X, Y e Z são as redes sociais. Mas vale destacar também a grande participação neste aprendizado de influenciadores digitais de finanças e buscadores de internet.

Na procura por informações, o comportamento entre os Baby Boomers é completamente diferente, onde sites e o aplicativo de banco, além de amigos e familiares, são os mais recorrentes na hora de se informar sobre o assunto.

O levantamento realizado pela Serasa contou com a consultoria técnica do Instituto Opinion Box e ouviu 4.486 pessoas no período de 4 a 20 de julho.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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