Lei do Bem impulsiona Open Finance e inovação

Lei do Bem impulsiona Open Finance e inovação

Setor financeiro teve investimento 115% maior do que outros beneficiados pelo incentivo fiscal

O Open Finance no Brasil é o maior do mundo e consagrou o país como referência mundial nesses três anos de operação. Na vanguarda da evolução do sistema, as instituições brasileiras já investiram mais de R$ 2 bilhões no ecossistema, muito desse aporte viabilizado por meio da Lei do Bem, principal incentivo fiscal para projetos de PD&I (pesquisa, desenvolvimento e inovação). Por meio da redução tributária, o benefício fomenta a transformação no setor financeiro – que teve investimento médio 115% maior do que outras linhas de pesquisa, segundo o GT Group, especialista na captação e gestão de recursos para inovação – e deve continuar fomentando os avanços tecnológicos do mercado nos próximos anos.

“As instituições financeiras e de seguros estão na linha de frente da adoção e da implementação das tendências tecnológicas e na melhoria de seus produtos, serviços e processos. Para manterem-se competitivas, elas se esforçam para apresentar soluções inovadoras, ágeis, acessíveis e simplificadas, oferecendo uma melhor experiência ao cliente com aplicativos e plataformas online, e a Lei do Bem permite o cashback via incentivo fiscal de até 36% nesses investimentos”, diz Fabrizio Gammino, sócio-diretor da empresa.

Tais implementos e novidades foram os responsáveis pelo despontamento do Brasil no Open Finance, que foi lançado no Reino Unido como Open Banking e logo tomou escopos maiores do que os originalmente criados. Há mais de 42 milhões de consentimentos ativos para compartilhamento de dados no ecossistema brasileiro e são feitas mais de 1 bilhão de comunicações bem-sucedidas semanalmente, segundo o Banco Central e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o que mantém o país na liderança tanto em relação aos dados quanto em volume de chamadas.

Não por acaso, a seção financeira é a que apresenta o maior investimento médio por projeto na Lei do Bem. Das 3.012 empresas que pleitearam o benefício no último ano, foram 13.204 projetos em PD&I com investimentos que somaram o recorde de quase R$ 27.2 bilhões – um valor médio de R$ 2.05 milhões por linha de pesquisa, de acordo com o Panorama da Lei do Bem 2023, estudo do GT Group que mapeou o incentivo fiscal e o impulsionamento da inovação e do desenvolvimento da economia nacional. Já as 220 empresas dos segmentos financeiro e de seguros pleitearam aproximadamente R$ 5,5 bilhões para os 1.227 projetos submetidos, resultando em uma média de R$ 4,4 milhões por linha de pesquisa – valor 115% superior ao da média geral.

“O setor financeiro, que engloba o de seguros, está entre os grandes responsáveis pela escalada da Lei do Bem e é também um dos mais impactantes, com número de dispêndios subindo de uma forma desproporcional comparado aos demais. Em 2019 foram R$ 2 bilhões investidos, que subiram para R$ 2.95 bilhões em 2020 e praticamente dobraram no ano seguinte, mostrando que este é um segmento em constante desenvolvimento e que com clara tendência de alta”, diz Rodrigo Moro, head de Research & Analytics da empresa.

Dentre as linhas de pesquisa beneficiadas pela área estão o desenvolvimento de plataformas para digitalização, automatização de processos, soluções tecnológicas para melhoria de transparência, incorporação de ferramentas digitais para relacionamento interno e externo, predição de cenários e aplicativos para clube de vantagens, segundo o GT Group.

Com o Open Finance a todo vapor e novidades previstas como transferências inteligentes, agendamentos recorrentes e Pix Automático, a previsão é a de que o sistema mantenha o ritmo de evolução acelerado e que a Lei do Bem tenha uma adesão cada vez maior do setor financeiro. “A alíquota de Imposto de Renda para bancos e seguradoras é de 45% contra 34% das demais empresas, então inovar via Lei do Bem neste segmento ainda proporciona maior economia – com um retorno previsto de até 36% em recuperação fiscal, contra uma média de 27,2% nos demais setores – o que justifica o grande interesse no incentivo e na oportunidade de retroalimentar investimentos nos produtos e serviços já existentes e em novos negócios”, aponta Gammino. Assim, as empresas têm crédito para estimularem a transformação digital e o impulsionamento da economia, mantendo o Brasil na vanguarda da tecnologia bancária.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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