Empresas devem se preparar para a reoneração da folha de pagamento

Empresas devem se preparar para a reoneração da folha de pagamento

Ibef alerta que empresas e municípios devem iniciar desde já um processo de revisão nas receitas e nos custos

A reoneração da folha de salários em 17 setores da economia, com efeito imediato desde o dia 26 de abril, representa uma mudança substancial no panorama fiscal. A alteração implica num aumento dos impostos sobre a folha de pagamento, redefinindo sua base de cálculo e acarretando em um impacto financeiro esperado que ultrapassa os R$ 11 bilhões.

Cerca de 15 dias após o anúncio oficial da Receita Federal sobre a efetividade da nova cobrança, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou um acordo feito com o STF, em que a tributação passará a ser realizada de forma gradual a partir de 2025, o que dá mais fôlego para os empresários, mas que também serve de alerta para que os negócios possam se adaptar à mudança.

Tal medida promove mudanças na política fiscal do país, levando as empresas a avaliar e reestruturar suas estratégias fiscais. O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná salienta que empresas e municípios devem iniciar desde já um processo de revisão nas receitas e nos custos, visando adequá-los ao futuro crescimento dos tributos.

“Há setores em que o impacto é maior do que em outros, serviços e produtos que demandam muita mão de obra, e que a maior parte dos custos está na folha de pagamento, serão mais afetados, por isso é fundamental um planejamento estratégico que reveja as estruturas financeiras de empresas e municípios, visando o impacto futuro de mais custos tributários. Quanto antes for definida tal estratégia, menor a chance de impactos negativos no futuro”, afirma Hadler Martines, coordenador do Comitê Tributário e Empresarial do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (Ibef-PR).

É muito provável que alguns produtos e serviços encerram com a reoneração da folha de pagamento. Ao mesmo tempo, os recursos financeiros públicos aumentarão, e o governo poderá investir mais em áreas de interesse socioeconômico. Analisando um cenário em que todos os beneficiados já pagassem 20% sobre a folha, a União contaria com um valor estimado em R$7,2 bilhões por ano.

A partir de 2025, as alíquotas serão implementadas de forma gradual até a totalidade da cobrança em 2028, sendo assim, em 2025 haverá oneração de 5% do imposto sobre o total dos salários, em 2026 haverá 10% de imposto, 2027 haverá 15% do imposto, chegando aos 20% em 2028.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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