Profissionais com contribuições excessivas ao INSS podem pedir restituição do valor

Profissionais com contribuições excessivas ao INSS podem pedir restituição do valor

Contribuintes podem reivindicar valores pagos nos últimos cinco anos, o que aumenta a importância de iniciar o processo para devolução

Muitos médicos, enfermeiros, dentistas e professores, dentre outros profissionais, costumam ter uma rotina de trabalho pesada. Muitos enfrentam a rotina de trabalhar por mais de um estabelecimento, conciliando suas horas com diferentes contratantes. O peso disso vem nos contracheques: cada empresa desconta a alíquota referente ao INSS, onerando o trabalhador mais do que o devido à Previdência Social.

A questão é que esse excedente não beneficia em nada o contribuinte. Isso porque o teto do INSS para este ano está em R$ 7.786,02, conforme consta na Portaria Interministerial nº 2/24, assinado pelos chefes dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e da Economia (ME). “É inegável a importância da contribuição ao INSS, uma vez que ela dá acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte, dentre outros”, observa o advogado Marcelo Maia, do escritório de advocacia Grossi & Bessa.

“Entretanto”, alerta o jurista, “esse pagamento extra não expande o teto, de modo que é um desperdício, uma cobrança indevida por parte do contribuinte. O valor excedente pode e deve ser reivindicado por direito, desde que dentro do prazo de cinco anos desde o pagamento”, orienta Maia. O primeiro passo, segundo ele, é estancar o vazamento, ou seja, comunicar à fonte pagadora sobre o recolhimento indevido.

O advogado da Grossi & Bessa adverte que esse tipo de solicitação pode provocar um certo medo da parte do empregador de interromper seus compromissos trabalhistas, já que cabe à contratante fazer o repasse à Previdência Social. Por isso, ele sugere uma comunicação formal e, mais do que isso, uma orientação profissional, que ajude o trabalhador no processo de ressarcimento.

“O melhor a partir daí é buscar realmente orientação profissional especializada, porque há muitas dúvidas tanto nas pessoas físicas quanto jurídicas. Mediante a posse do extrato previdenciário, o advogado consegue iniciar esse trabalho. Mas é necessário que se iniciem os passos o mais rápido possível, visto que o limite é para pagamentos realizados há cinco anos. Quanto mais rápido for este início, maior pode ser a quantia a receber”, conclui Marcelo Maia.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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