Fundos de crédito privado disparam com captação recorde

Fundos de crédito privado disparam com captação recorde

Investimentos em FIDCs superam R$ 83 bilhões até agosto, refletindo o forte apetite por crédito consignado e outras modalidades colateralizadas

O interesse do mercado por investimentos em crédito privado deve aquecer a geração de crédito colateralizado, linha de empréstimos com garantias. De acordo com a BYX, empresa que monitora mais de R$ 15 bilhões em carteiras de crédito deste tipo, a alocação em fundos de crédito privado faz parte de um movimento global e ganhou mais força no Brasil após a CVM permitir que investidores de varejo possam comprar cotas em FIDCs (Fundos de Direitos Creditórios).

Até agosto, os FIDCs já atraíram mais de R$ 83 bilhões de novos investimentos, segundo dados da Anbima, volume 16 vezes maior quando comparamos com a captação dos primeiros oito meses de 2023. O FIDC de crédito consignado, em específico, apresenta remuneração alvo que gira em torno de CDI + 5,5% a 7,5% ao ano, dependendo das séries de cotas.

“É razoável esperar que os fundos de crédito privado cresçam substancialmente, pois eles são, em boa parte, os financiadores desse movimento global que também vêm se fazendo presente no país”, afirma Caroline Hees, diretora de crescimento da BYX.

O crédito consignado atrelado ao INSS, concedido a aposentados e pensionistas, é o tipo mais difundido entre as opções de crédito colateralizado, mas também cresce a antecipação do FGTS via saque-aniversário e os convênios com o setor público, como governos estaduais e municipais, que dão acesso a crédito descontado na folha de pagamento.

“O histórico deste tipo de empréstimo é de inadimplência bastante baixa, pulverização natural (devido ao tamanho dos tickets médios) e taxas de retorno interessantes para investidores”, complementa Hees.

A facilidade em se ofertar o crédito colateralizado é outro ponto que pesa na decisão, de acordo com a diretora da BYX, visto que o produto pode ser ofertado e controlado de forma 100% digital. “É normal vermos fundos de R$ 500 milhões ou mais sendo alocados rapidamente, sem comprometer a expectativa de retornos (em comparação a outros créditos, em que a aceleração da concessão acaba gerando uma seleção adversa e maior risco de performance). Temos visto cada vez mais gestoras olhando para este tipo de produto em função destas características”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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