Copel celebra 70 anos com investimento recorde na infraestrutura elétrica do Paraná

Copel celebra 70 anos com investimento recorde na infraestrutura elétrica do Paraná

De olho no futuro, empresa se prepara com aumento da eficiência de suas operações, digitalização de processos e energia de qualidade

Ao completar 70 anos neste mês de outubro, a Copel celebra, também, o maior investimento de sua história na infraestrutura de distribuição de energia do Paraná. O montante de R$ 2,1 bilhões, que está sendo aplicado em 2024 no Estado, abrange a construção de 20 subestações, ampliação de outras 80 unidades, implantação de novas redes e reforço dos programas Paraná Trifásico e Rede Elétrica Inteligente, que estão modernizando a infraestrutura elétrica para o cliente paranaense.

O amplo pacote de obras leva conforto, qualidade de vida à população e coroa uma história de investimentos no desenvolvimento do Paraná. Fundada em 1954, quando o Estado tinha cerca de 2 milhões de habitantes, a Copel se expandiu para todo o Paraná, que conta hoje com perto de 12 milhões de pessoas.

Ao longo de sete décadas, a companhia deu suporte para o crescimento do Paraná e cresceu junto com o Estado. Hoje atende 395 municípios paranaenses, além de Porto União, em Santa Catarina.

Somente em redes de distribuição, são mais de 210 mil quilômetros. É uma extensão equivalente a 5,25 voltas ao redor do planeta. O número de subestações alcança 393, que transformam energia para atender os paranaenses em 5,2 milhões de unidades consumidoras.

Com um histórico que é parte do próprio desenvolvimento do Paraná, a companhia olha para o futuro. A partir de 2019, modernizou as suas operações e concentrou a atuação no setor de energia elétrica.

Para isso, ampliou, como ainda não havia feito na sua história, os investimentos na rede de distribuição de energia do Paraná. Em 2023, transformou-se em uma corporação de capital disperso, o que lhe conferiu mais agilidade para competir no setor elétrico nacional. Agora, passa por um processo de modernização para atuar cada vez mais com foco no cliente, unindo inovação e eficiência.

“O Paraná cresce com a energia da Copel. Neste momento, a companhia vive a fase de maior investimento no seu segmento de distribuição, com aportes relevantes também em geração, transmissão e comercialização de energia elétrica”, ressalta o presidente da Companhia, Daniel Slaviero.

Integração do estado

Quando a Copel foi fundada, em 1954, o Paraná era um estado em rápida expansão, que demandava investimentos em energia para continuar a crescer. Na época, Curitiba era atendida pela Companhia Força e Luz do Paraná e os municípios do Interior contavam com fornecimento de energia local, em grande parte dependente de diesel e outros combustíveis fósseis.

O primeiro município cujo atendimento a Copel assumiu foi Maringá, em 1º de agosto de 1956. Com cerca de 15 mil habitantes, a cidade tinha pouco mais de 1,7 mil unidades consumidoras. Foi a partir do Noroeste do Estado que a jovem empresa começou um trabalho gradual para interligar o Estado. Em 1960, somava 17 municípios sob o seu atendimento, agregando parte do Litoral, do Norte e do Centro-Sul do Estado.

Ao longo da década de 1960, sob o comando do então presidente Pedro Viriato Parigot de Souza, a Copel cresceu e assumiu o atendimento de distribuição de diversas localidades, somando 189 municípios no final do período. Foi nessa época que passou a atender municípios importantes, como Antonina e Morretes (1961), Pato Branco (1963), Francisco Beltrão, Cascavel e Foz do Iguaçu (1966), Umuarama (1967) e Toledo (1969).

Em 1973, a companhia assumiu o atendimento em Curitiba, incorporando a Companhia Força e Luz, e chegou a todo o Paraná.

Ex-presidente da companhia, entre 2010 e 2014, Lindolfo Zimmer, que foi contratado pela empresa nos anos 1960, se lembra da ampliação. “No início, as cidades eram praticamente autônomas, eram pequenas empresas que as abasteciam. Com o tempo, a Copel foi se ampliando, foi adquirindo a companhia Força e Luz, depois Ponta Grossa, depois Londrina, e ficou com a responsabilidade de integrar o Estado todo. E ela o fez, e fez muito bem”, detalha.

Nos anos 1960, a companhia construiu 59 subestações e mais de 5.400 quilômetros de linhas de distribuição e transmissão, que interligaram o Estado. Um dos destaques foi a subestação Campo Comprido (Curitiba), que entrou em operação em 1965, com potência inicial de 100 mil kVA (kilovolt-ampére), e foi a principal unidade da companhia por mais de dez anos.

“A Copel fez muito, porque uniu o Paraná”, sintetiza Paulo Pimentel, ex-governador (1966-1971) e também, ex-presidente da Copel (2003-2005), em entrevista recente para a celebração dos 70 anos da companhia.

Universalização

Ao longo dos anos 1980, a Copel ampliou os esforços para levar energia a todo o Estado. Em julho de 1981, 27 anos depois de sua criação, a empresa ligou o consumidor número 1 milhão, em Curitiba. O auxiliar de escritório Antônio de Souza Bandeira, morador do bairro Capão da Imbuia, foi o beneficiário da ligação e recebeu de presente da companhia uma televisão em cores – um antigo sonho da família.

Entre 1983 e 1986, a companhia ligou 120 mil propriedades no campo pelo programa Clic Rural, primeiro grande esforço de eletrificação do gênero no Estado. Era o campo saindo do escuro.

A iniciativa tinha como objetivo levar energia a todo o interior rural do Paraná. Para fazê-lo, foram construídas redes monofásicas em todo o Estado.

Para Francisco Gomide, presidente da companhia de 1987 a 1993, a eletrificação do Paraná foi feita graças à qualidade do corpo técnico da empresa e a seus valores. “As empresas que foram feitas para durar e que duraram são as empresas que tinham crenças e valores, que acreditavam naquilo e que faziam valer de forma firme e obstinada. E essa é a história da Copel, com seriedade, competência, lealdade e jogo limpo”, define.

Ao longo dos anos 1990, a Copel voltou o foco para o consumidor final, de maneira a ampliar a qualidade da rede de distribuição de energia. A companhia foi uma das primeiras empresas do setor a utilizar redes compactas no Brasil – testando a tecnologia em 1994 em Maringá. Naquela década, também expandiu a sua rede subterrânea no centro de Curitiba. No final dos anos 1990, levou energia à Ilha do Mel por um cabo subaquático.

A empresa também investiu na automação de subestações, que passaram a ser operadas remotamente. Em 1998, lançava, em Ponta Grossa, o pioneiro sistema de operação a distância das instalações elétricas automatizadas, que permitia à empresa monitorar e controlar em tempo real, a partir de um único local, o funcionamento das subestações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica a partir do Centro de Operações.

No início dos anos 2000, a Copel ampliou a modernização das redes e concluiu a universalização do fornecimento de energia na área urbana (2006) e no campo (2012). De lá para cá, investiu na construção de novas redes, subestações e na modernização da rede elétrica.

“Com o tempo, o nível de exigência do consumidor foi aumentando, até pela necessidade que se tem da energia elétrica para todos os serviços, para o relacionamento da vida que a gente conhece. Então a necessidade hoje de todos nós em relação à energia elétrica é muito elevada”, destaca Paulo Nachtygal, que passou por diversas áreas da companhia e atualmente é gerente do Departamento de Serviços da Região Oeste.

A empresa também inovou, já nos anos 2010, com o lançamento do programa de eletromobilidade, que instalou postos de abastecimentos de carros elétricos ao longo da BR-277 e da BR-376, conectando algumas das principais cidades do Estado.

Investindo no futuro

De 2019 ao final de 2024, a Copel está concluindo um pacote de investimentos de R$ 12,7 bilhões – mais de 80% aplicados na ampliação e modernização da infraestrutura elétrica do Paraná. A empresa se prepara para o futuro com aumento da eficiência de suas operações, digitalização de processos, e energia de qualidade.

Ainda em 2024, a companhia está colocando em operação mais quatro novas subestações (em São Miguel do Iguaçu, Capanema, Maringá e Piraí do Sul). E está, ainda, duplicando a capacidade de fornecimento de outras 21 – a maior parte delas já concluídas.

O Paraná Trifásico, que já entregou 19 mil quilômetros de novas redes rurais, chegará à marca de 20 mil km até dezembro. E o programa Rede Elétrica Inteligente, que proporcionou até aqui a instalação de medidores inteligentes em 933 mil unidades consumidoras, chegará à marca de 1 milhão de equipamentos instalados.

“Se tem uma coisa que vai fazer com que o Paraná continue crescendo é a sua capacidade de geração de energia. A Copel estará aqui para contribuir e participar do desenvolvimento do nosso Estado e do Brasil. O compromisso da Copel com os paranaenses é permanente”, acrescenta o presidente da companhia, Daniel Slaviero.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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