Indústria de fundos atinge R$ 2 trilhões de patrimônio líquido adaptado à Resolução CVM 175

Indústria de fundos atinge R$ 2 trilhões de patrimônio líquido adaptado à Resolução CVM 175

Já operam conforme a norma 26% dos fundos, incluindo produtos novos e já existentes

A entrada em vigor da estrutura de classes e subclasses de cotas nos fundos de investimento, nesta terça-feira, marca o início da fase final do período de adaptação dos fundos à Resolução CVM 175, o novo marco regulatório do setor. Em novembro ainda está por vir a vigência da segregação das taxas dos prestadores de serviços. Dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) até 31 de agosto deste ano mostram que 26% da indústria já opera conforme a norma, incluindo novos produtos e os fundos já existentes.

No total, 8.145 fundos já se adaptaram à Resolução CVM 175, sendo 3.593 novos e 4.552 migrados, totalizando R$ 2 trilhões de patrimônio líquido. O prazo de migração do estoque vai até 30 de junho de 2025, quando se encerra o prazo de adaptação dos FIFs (Fundos de Investimento Financeiro), com data antecipada para os FIDCs (Fundos de Investimento em Direitos Creditórios), que têm até 29 de novembro de 2024.

“Estamos confiantes de que, com a entrada em vigor de todas as regras, o ritmo de adaptação vai acelerar. Embora existam desafios operacionais para os players durante o período de transição, haverá ganho de eficiência, transparência e redução de custos no médio e longo prazo, fomentando o crescimento sustentável da indústria de fundos”, afirma Pedro Rudge, diretor da Associação.

Dos fundos novos ou adaptados, 65% declaram ter responsabilidade limitada do cotista, que garante que os investidores não sofram perdas financeiras além do montante que investiram. Mais da metade (61%) informam a possibilidade de investir em ativos estrangeiros – agora os fundos para varejo também poderão alocar até 100% do patrimônio no exterior, desde que sejam cumpridos determinados requisitos. Além disto, 5.028 fundos são destinados a investidores profissionais, aqueles que têm mais de R$ 10 milhões em aplicações.

Já a análise da adaptação por classes de fundos mostra os multimercados na liderança, com 3.047, seguidos dos FIDCs (1.364), fundos de renda fixa (1.332), de previdência (968) e de ações (908).

Transparência na remuneração

A padronização da divulgação das taxas dos fundos é outra adaptação importante para a indústria, já que a regra referente à remuneração dos prestadores de serviços entra em vigor no dia 1º de novembro deste ano.

Visando promover maior transparência informacional para os investidores sobre as taxas cobradas pelos fundos, a Anbima colocou em audiência pública uma proposta de modelo para segregação da taxa global, que inclui gestão, administração, distribuição e taxa de estruturação, quando aplicável, por meio de um sumário de transparência informacional.

“A operacionalização da segregação das taxas era uma das grandes preocupações do mercado. Conseguimos avançar com o regulador para que os fundos mantenham uma taxa global, desde que haja uma segregação informacional das taxas no site do gestor. Isso evita uma complexidade operacional e potenciais aumentos de custos para o investidor,” explica Rudge. Anteriormente, a Resolução 175 previa a discriminação das taxas no regulamento do fundo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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