Pix por aproximação: 3 mitos sobre os riscos desse meio de pagamento

Pix por aproximação: 3 mitos sobre os riscos desse meio de pagamento

A maioria das dúvidas sobre pagamentos “contactless” surge da desinformação, gerando insegurança

O Pix rapidamente se consolidou como um dos principais métodos de pagamento no Brasil, transformando o cenário financeiro e os hábitos de consumo no país. Recentemente, a plataforma ganhou uma nova funcionalidade: o Pix por aproximação, que permite pagamentos sem contato físico. A atualização promete tornar as transações ainda mais práticas e ampliar o uso do Pix em relação a métodos tradicionais, como a TED (Transferência Eletrônica Disponível).

Apesar das vantagens em conveniência, a chegada do Pix por aproximação também gerou dúvidas entre os usuários. As principais preocupações estão relacionadas à segurança, com muitos questionando a vulnerabilidade dessa tecnologia.

Desde o início, o Pix foi projetado com rígidos protocolos de segurança, incluindo autenticação biométrica e criptografia para proteger os dados dos usuários. Agora, com a chegada da modalidade por aproximação, a tecnologia NFC (Near Field Communication) utilizada no novo método mantém os mesmos padrões de segurança, evitando o compartilhamento direto de dados e adicionando várias camadas de proteção.

A crescente popularidade do Pix tem gerado não apenas uma ampla adoção, mas também um aumento de desinformação e golpes, alimentados por fake news que questionam a segurança do modelo contactless. Segundo a pesquisa de Bancos 2024, realizada pela Akamai e Cantarino Brasileiro, o Pix continua a liderar como meio de pagamento preferido pelos brasileiros.

Quando a abordagem é sobre a utilização de meios de pagamento sem contato, alguns números refletem o impacto dessa modalidade no mercado.  Apenas no terceiro trimestre de 2024, as transações por aproximação com cartões somaram R$ 376 bilhões, representando um aumento de 46,5% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Apesar da popularidade crescente, o Pix por aproximação ainda é cercado por dúvidas, muitas delas baseadas em mitos sobre a segurança da tecnologia. “O Brasil, embora enfrente uma série de fraudes e golpes financeiros, conta com uma estrutura bancária avançada. O que precisa acompanhar esse avanço é a educação financeira e o combate à disseminação de informações falsas, que acabam freando a adoção tecnológica,” afirma Claudio Baumann, diretor geral da Akamai Technologies para a América Latina.

A seguir, o especialista desmente os principais mitos sobre o pagamento por aproximação, esclarecendo os cuidados e a segurança da ferramenta para os usuários.

 

  1. Risco constante de fraudes: Um dos principais mitos sobre o pagamento por aproximação é o risco permanente de sofrer uma fraude. Muitos acreditam que, com um dispositivo habilitado para NFC, qualquer pessoa poderia ser vítima de cobranças indevidas simplesmente por estar próxima a um leitor. Na prática, a maioria dos aplicativos exige autenticação para aprovar qualquer transação, como o desbloqueio do celular e o uso de biometria, tornando esse tipo de fraude muito limitadal.
  2. Limite de valor facilita fraudes: Embora haja limites para transações em aparelhos não cadastrados (até R$ 200 por vez, com um máximo de cinco operações diárias), essas restrições foram impostas justamente para aumentar a segurança e evitar fraudes em dispositivos novos ou roubados.
  3. Pix por aproximação é menos seguro que o Pix tradicional: Esse é um equívoco, pois ambos os sistemas utilizam a mesma tecnologia de segurança, com criptografia e autenticação biométrica. O Pix por aproximação, além disso, é realizado por meio de carteiras digitais confiáveis, que garantem a proteção dos dados do usuário.

“O Pix por aproximação surge como uma evolução segura e conveniente, aliada aos avanços da tecnologia NFC. O Banco Central e as instituições financeiras investem continuamente para aperfeiçoar a segurança, garantindo que os usuários possam aproveitar essas inovações. Com as proteções adequadas, essa modalidade tem a tendência de se consolidar, mostrando que o avanço da tecnologia pode simplificar nossas vidas sem comprometer a segurança”, conclui Baumann.

Crédito da foto: Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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