Confira quais são as prioridades na agenda das empresas para 2025

Confira quais são as prioridades na agenda das empresas para 2025

IFRS S1 e IFRS S2, Reforma Tributária e Inteligência Artificial são os destaques para o próximo ano

A nova edição do “Assuntos relevantes para Comitês de Auditoria”, estudo anual feito pela EY, uma das principais auditorias e consultorias do mundo, aponta que os temas regulatórios, como IFRS S1 e S2 relacionados à sustentabilidade, os desdobramentos e impactos da reforma tributária brasileira, bem como os riscos das cadeias de suprimentos e a Inteligência Artificial (IA) são os principais destaques para as agendas de fechamento de 2024 e reuniões de 2025 dos Comitês de Auditoria e Conselhos de Administração.

Com as crescentes responsabilidades dos Comitês de Auditoria há também uma necessidade dos membros estarem bem-informados sobre as principais tendências e pautas de mercado para garantir a transparência, a gestão de riscos e a conformidade. “Cada vez mais, os Comitês de Auditoria são primordiais na tomada de decisão dos Conselhos de Administração e precisam trazer insights e orientações alinhadas com as tendências de mercado e também com as estratégias do negócio. Apoiar nesse processo é um dos principais objetivos desse estudo que produzimos”, afirma Anderson Constantino, sócio de Auditoria da EY Brasil e coordenador da publicação anual pelo EY Center for Board Matters (CBM) no Brasil.

As pautas regulatórias estão diretamente relacionadas aos balanços financeiros das empresas, principalmente o IFRS S1 e S2, que serão mandatórios a partir de 2026 para as companhias abertas no Brasil. “Esse tema precisa estar no debate dos Comitês de Auditoria para garantir a divulgação correta desses dados seguindo a obrigatoriedade da CVM. Por isso, é importante que diversas áreas da companhia estejam alinhadas para melhor adequação”, conta Constantino. “Levar essa pauta para os Comitês e Conselhos também ajudará a entender a maturidade da companhia em relação aos requerimentos da norma”, completa.

A Reforma Tributária é outra temática que tem que estar em voga, considerando toda a complexidade do sistema tributário brasileiro. Sobre isso, os membros dos Comitês de Auditoria precisam se debruçar sobre alguns desdobramentos, como precificação de produtos e/ou serviços em relação ao mercado e principais concorrentes, impactos da adoção do crédito condicionado aos pagamentos e impactos no caixa da companhia, divisão de responsabilidades das diferentes equipes para se adequarem às mudanças necessárias garantindo a uniformidade, transparência e compliance.

Segundo o especialista, “mesmo com algumas definições ainda a serem tomadas, as companhias já têm um dever de casa robusto para se adaptarem, considerando que o período de transição da Reforma se inicia em janeiro de 2026. Assim, é essencial que as empresas comecem a se preparar desde já para a mudança”.

Os riscos que impactam direta ou indiretamente a cadeia de suprimentos também não podem sair do radar desses profissionais. Por conta de questões macroeconômicas e políticas, há uma tendência de desaceleração global que pode impactar os negócios aqui no Brasil. E para minimizar esses possíveis riscos é preciso estar de olho nas mudanças climáticas e eventos extremos, segurança cibernética, digitalização e novas demandas dos consumidores.

O executivo explica que “diante desses desafios, recomendamos que os nossos clientes com operações globais e regionalizadas desenvolvam estratégias para identificar, avaliar e gerenciar os riscos da cadeia de suprimentos. A integração de tecnologias, a colaboração estreita com fornecedores, a transparência e a sustentabilidade devem ser componentes chave dessas estratégias para favorecer a continuidade dos negócios e fortalecer a vantagem competitiva em um mundo onde as mudanças acontecem cada vez mais rápido”.

Por fim, muito tem se falado sobre inteligência artificial e sua aplicabilidade em diversos setores e mercados, mas esse tema vai além dos times de tecnologia. Os membros dos Comitês de Auditoria também precisam estar bem atentos a isso, já que são os responsáveis em avaliar a exposição a riscos e a conformidade em relação às normas legais e regulamentares. No estudo, indicamos cinco aspectos sobre essa temática focado exclusivamente nos Comitês, são eles: entendimento básico da IA para garantir que estejam alinhados com os objetivos da organização e que suas decisões sejam auditáveis; estar atento ao panorama regulatório, como as normas de proteção de dados (LGPD), questões de comércio internacional e de proteção ao consumidor; agenda de pessoas pensando em treinamentos e qualificação da força de trabalho com base nas mudanças causadas pela IA; integração da inteligência artificial com ESG garantindo alinhamento entre as estratégias e a mitigação de riscos sociais e ambientais associadas ao uso dessa tecnologia; e equilíbrio adequado entre inovação e governança, mantendo as boas práticas e compliance.

“Nosso principal objetivo é realmente auxiliar os Comitês de Auditoria para terem maior segurança nas tomadas de decisão, estando preparados com os principais temas de impacto nas estratégias de negócios e alinhados com as necessidades dos Conselhos de Administração”, finaliza o executivo.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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