Escolha do transporte ideal ganha relevância neste final de ano

Escolha do transporte ideal ganha relevância neste final de ano

Pesquisa aponta que transporte rodoviário é alternativa atraente em comparação ao avião

Em períodos de alta demanda, como o final do ano, a escolha do meio de transporte ideal ganha ainda mais relevância. Para quem busca economia e praticidade em viagens interestaduais, o transporte rodoviário surge como uma alternativa atraente em comparação ao avião. Essa é a conclusão de um levantamento realizado pela FlixBus, empresa de tecnologia voltada ao transporte rodoviário, em diferentes regiões do Brasil.
A pesquisa analisou custos e tempo total de viagem em três trechos: São Paulo-Curitiba, Rio de Janeiro-São Paulo e Natal-Fortaleza, com base nos preços do dia 20 de dezembro. O estudo levou em conta fatores como a distância e o tempo de deslocamento entre as áreas centrais das cidades até rodoviárias e aeroportos, o tempo necessário para check-in e embarque, a duração da viagem e os custos com transporte público ou aplicativos. Os dados revelam que o ônibus se destaca como a opção mais econômica, podendo custar até oito vezes menos em alguns trajetos.
“Para quem quer economia e uma experiência mais confortável, o ônibus é uma ótima opção, sobretudo porque o brasileiro, em geral, prioriza o conforto nas viagens, ao contrário do europeu, que não se importa com poltronas mais confortáveis, por exemplo”, explica Edson Lopes, CEO da FlixBus.

São Paulo e Curitiba: Aéreo X Rodoviário

No trecho entre São Paulo e Curitiba, viajar de avião pode custar até oito vezes mais do que ir de ônibus. Ao considerar os deslocamentos e o preço das passagens, o voo entre os aeroportos de Congonhas (SP) e Afonso Pena (São José dos Pinhais, PR) soma R$ 1.405,69, incluindo o bilhete mais barato (R$ 1.366,77) e o custo médio de um carro de aplicativo até o aeroporto (R$ 38,92).
Já para o transporte rodoviário, o custo total é de R$ 165,04. O valor inclui a passagem em assento semi-leito (R$ 127,99) e o deslocamento até a rodoviária (R$ 37,05), tornando a opção significativamente mais acessível para o bolso do viajante.

Rio de Janeiro-São Paulo: Aéreo x Rodoviário

Viajar entre o Rio de Janeiro e São Paulo pode ser até oito vezes mais barato de ônibus do que de avião. No transporte aéreo, o custo total do trajeto entre os aeroportos Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP) soma R$ 1.281,07, considerando o bilhete mais barato (R$ 1.265,17) e o deslocamento por aplicativo até o aeroporto (R$ 15,90).
Já no transporte rodoviário, o valor total da viagem é de R$ 160,96, incluindo a passagem (R$ 135,99), que já contempla o despacho de uma mala de 30 kg, e o custo do deslocamento até a rodoviária.

Natal-Fortaleza: Aéreo x Rodoviário

Viajar na principal rota aérea do Nordeste pode custar até 5,5 vezes mais caro do que optar pelo ônibus. No transporte aéreo, o custo total, incluindo o voo entre Natal e Fortaleza (R$ 1.390,10) e o deslocamento por aplicativo até o aeroporto (R$ 50,98), chega a R$ 1.441,08.
Já no transporte rodoviário, o valor total da viagem é de R$ 261,92, considerando a passagem de ônibus (R$ 239,99) e o custo do deslocamento até a rodoviária (R$ 21,93).

Praticidade e cobertura

Além do aspecto financeiro, a localização dos terminais rodoviários, geralmente em áreas centrais ou de fácil acesso, contribui para a praticidade de viajar de ônibus. Em comparação, os aeroportos costumam estar mais distantes, o que requer deslocamentos mais longos e custos adicionais com o transporte. Em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o congestionamento – especialmente em horários de pico – se torna um fator adicional de tempo para a viagem.
O transporte rodoviário é ainda mais importante para cidades menores, que não têm aeroporto. Ou seja, há ainda um custo adicional para aqueles que precisam viajar para as capitais para poder voar.
Embora o avião seja um meio de transporte mais rápido, o tempo total de viagem, considerando deslocamento e espera em aeroportos, pode se aproximar do tempo do ônibus em alguns casos. No trecho Rio de Janeiro-São Paulo, por exemplo, a diferença é de apenas 1 hora e 10 minutos quando se considera o uso de transporte público para os deslocamentos.
A empresa destaca que os preços podem variar após a data da pesquisa. Foram consideradas as tarifas aéreas mais baratas para voos diretos, em diferentes horários, sem marcação de assento e sem despacho de bagagem. No transporte rodoviário, a passagem (semi-leito) inclui o despacho de uma mala de até 30 kg.

Conexão emocional e busca por bem-estar

Segundo a pesquisa Brand Tracking da FlixBus, para 41% das viagens realizadas por brasileiros são destinadas a visitar amigos e familiares. Deste total, 72% estão relacionados a celebrações, como casamentos, aniversários e festas de fim de ano.
Os dados revelam que o transporte rodoviário no Brasil se destaca por seu papel único: proporcionar momentos de conexão interpessoal e fortalecimento de laços familiares Conexão emocional e busca por bem-estar transformando as viagens de ônibus em momentos de celebrações no Brasil diferentemente do perfil europeu, onde apenas 26% das viagens têm fins semelhantes.
O estudo também aponta que 78% dos viajantes brasileiros procuram destinos como praias para relaxar e desfrutar momentos de descanso, superando índices europeus (62%) e norte-americanos (68%). Além disso, o ônibus tem sido preferido não apenas pela acessibilidade econômica, mas pela capacidade de conectar regiões interioranas e menos exploradas, promovendo a inclusão no turismo.
O transporte rodoviário brasileiro segue como vetor de democratização do turismo, permitindo que pessoas de diferentes classes sociais vivam momentos de celebração e conexão, refletindo a diversidade cultural e emocional do país.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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