Setor segurador investe quase R$ 20 bilhões em inovação em 2024

Setor segurador investe quase R$ 20 bilhões em inovação em 2024

Valor foi revelado em estudo conduzido pela CNseg junto às empresas

O mercado segurador intensificou os investimentos em inovação entre 2023 e 2024, segundo estudo da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), divulgado nesta quinta-feira, 05 de dezembro. Para 2024, 71% das empresas afirmaram que aumentaram seus recursos nesta área e que poderão chegar a R$ 19,6 bilhões, de acordo com o 1º Estudo sobre a Inovação no Mercado de Seguros, Saúde Suplementar, Previdência Complementar e Capitalização no Brasil.

No ano passado, o setor investiu, em média, 2,5% da arrecadação em inovação, somando R$ 16,7 bilhões. Para este ano, levando-se em conta a projeção de receita do setor, estimada em R$ 746 bilhões, o total dos investimentos em inovação alcançaria quase R$ 20 bilhões, o equivalente a 2,63% da arrecadação do setor.

A Consultoria Capegmini entrevistou 24 executivos das empresas associadas à CNseg que representam R$ 368 bilhões em arrecadação em 2023 e 55% do market share do setor, entre os dias 12 de agosto e 08 de outubro de 2024.

Ao comparar com as práticas adotadas pelas empresas mais inovadoras do Brasil, 45% das empresas mais inovadoras investem até 5% de sua receita em inovação, enquanto no setor de seguros 67% das empresas seguem esse padrão. Entretanto, o número de empresas que ultrapassam 5% ainda é baixo, chegando a 8%. Em comparação, 22% das empresas mais inovadoras de outros segmentos destinam valores acima desse patamar, apontou o estudo.

O estudo apontou também que 46% das empresas mantiveram investimentos superiores a 10% em inovação tanto em 2023 quanto em 2024, quando comparados ao valor total de investimentos realizados pelas empresas. Alexandre Leal, diretor Técnico, de Estudos e Relações Regulatórias da CNseg aponta também que, com base na pesquisa, o mercado segurador investe mais na faixa entre 1% e 5% do que os demais setores, mas investe menos na faixa acima de 5%.

“As empresas reforçaram o compromisso do mercado segurador com a inovação, pavimentando o caminho para consolidar sua competitividade e liderança tecnológica nos próximos anos”, disse Alexandre Leal.

“É interessante observar que, segundo a pesquisa, a inovação no setor de seguros é inerente à estratégia da maioria das empresas. não sendo simplesmente uma atividade estanque dentro das próprias companhias, mas que envolvendo diversas áreas, além de outras seguradoras e demais participantes do mercado de seguros”, afirmou o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira.

O mercado segurador, supervisionado pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), excluindo a saúde suplementar, é classificado em quatro segmentações: o S1 agrupa grandes empresas, com participação de pelo menos 6% das provisões ou 9% dos prêmios; o S2 representa supervisionadas intermediárias; o S3 inclui menores supervisionadas; e o S4 reúne aquelas de perfil simplificado. Segundo o estudo da CNseg, as supervisionadas S3 destacaram-se em 2024, com maior proporção investindo entre 2% e 10% de suas arrecadações, enquanto as do S1 mantêm maior frequência entre 1% e 3%.

Apesar de haver uma movimentação das S2 entre as faixas até 4% de investimento, sua maior frequência permanece em até 2% da arrecadação. “Se analisarmos, na amostra, os R$ 8,7 bilhões de investimentos em inovação em seus diferentes perfis, vemos que a maior parte são provenientes dos players com maiores arrecadações, classificadas como S1, ligadas a banco e com origem de capital nacional”, explicou Leal.

A maturidade na governança da inovação também foi destaque no estudo: 92% das empresas entrevistadas utilizam um modelo híbrido de inovação, combinando recursos internos e externos, e 84% afirmaram ter alcançado suas metas de melhoria na experiência do cliente.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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