Empresas se adaptam a modelo mais rígido de certificação de EPIs

Empresas se adaptam a modelo mais rígido de certificação de EPIs

Regulamentação exige auditorias e revalidação periódica para garantir a qualidade e segurança dos Equipamentos de Proteção Individual

A nova regulamentação para a certificação de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no Brasil, implementada a partir de 1º de dezembro de 2023, impõe critérios mais rígidos de avaliação, agora baseados em certificados de conformidade e não mais em testes isolados. Prevista na Portaria 672/2021, a medida reforça a segurança dos trabalhadores e amplia a responsabilidade de fabricantes e importadores na garantia da qualidade dos EPIs.

No modelo anterior, a certificação dos EPIs era realizada por meio de testes de performance, feitos diretamente em laboratórios parceiros. Uma vez aprovado, o fabricante ou importador poderia solicitar a certificação ao Ministério do Trabalho, obtendo autorização para comercializar o equipamento no país.

Gustavo Fróis, especialista em produtos Global Tyvek® Garments da DuPont, explica que, agora, o processo é intermediado por Organismos de Certificação de Produtos (OCP), que assumem um papel central na concessão e renovação das certificações.

“A introdução do OCP adiciona uma camada extra de rigor ao processo. Hoje, ela verifica não apenas o desempenho inicial do EPI, mas também a sua consistência ao longo do tempo, exigindo uma nova validação no meio do período de cinco anos, algo que não acontecia antes”, afirma Fróis. A OCP contratada também realiza auditorias nos sistemas de gestão de qualidade dos fabricantes de EPIs de categorias mais altas, como aqueles que protegem contra riscos elevados, e é responsável por lacrar as amostras nos armazéns para garantir a conformidade do produto.

Grau de risco

Outro aspecto relevante é a nova classificação dos EPIs por categoria, que varia de acordo com o grau de risco: os EPIs agora estão distribuídos entre três categorias principais — sendo a categoria 1 destinada a baixos riscos, a categoria 2 para riscos de média intensidade, e a categoria 3, que cobre os riscos mais altos e é sujeita a auditorias adicionais.

Fróis diz que essas mudanças exigem mais planejamento e prazos mais longos, o que levou a DuPont, por exemplo, a ajustar o cronograma para iniciar o processo de certificação com até um ano e meio de antecedência, garantindo tempo para todas as etapas do novo procedimento.

“O novo modelo também altera a relação dos fabricantes com os laboratórios de teste, uma vez que as avaliações agora são intermediadas pela OCP. No caso da DuPont, tem sido essencial para adaptar-se à nova regulamentação, permitindo à empresa navegar com segurança pelas novas exigências”, afirma o especialista.

Crédito da foto – Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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