Hospitais apelam por mudanças na relação com as operadoras

Hospitais apelam por mudanças na relação com as operadoras

Operadoras retém pagamentos de serviços hospitalares

Levantamento feito pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) identificou um total de R$ 5,8 bilhões em serviços prestados pelos hospitais que, ao longo do ano de 2024, tiveram seu pagamento retido pelas operadoras através de glosas. Isso representa 15,89% do valor que deveriam receber das operadoras em 2024, ou um aumento de 4 pontos percentuais em relação ao ano de 2023.

Os números integram uma pesquisa inédita realizada pela Associação, com 85 hospitais associados, entre os dias 21 de janeiro e 28 de fevereiro. O material também apontou que, após a análise destes pagamentos suspensos, somente 1,96% das contas glosadas eram realmente justificadas e foram mantidas.

Os hospitais que participaram da pesquisa também indicaram que, no ano passado, houve um saldo de provisão de devedores de R$ 1,8 bilhão, valor bem acima do reportado em 2023, R$ 1,4 bilhão.

Diante deste cenário, 41,7% dos hospitais, ao longo de 2024, tiveram de realizar investimentos menores que o planejado, o que acaba por prejudicar aos pacientes e às próprias operadoras, seja pela redução de leitos ou pela desatualização de infraestrutura e equipamentos.

“Somos, pela estrutura do sistema, 80% dependentes do que é repassado pelas operadoras para pagamento dos serviços que prestamos aos clientes dos planos e, por isso, necessitamos de operadoras fortes e financeiramente saudáveis. Os hospitais são o único local do setor de saúde onde estão diretamente presentes todos os seus segmentos: fornecedores, planos de saúde, profissionais de saúde e, claro, os pacientes. Por isso, diante destes números e cenário, é urgente promover mudanças na relação com as operadoras”, afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

O executivo reforça que a Anahp celebrou os resultados positivos divulgados pela ANS, que apontaram o melhor resultado das operadoras nos últimos cinco anos, mas reforça que essa melhora precisa atingir todos os setores.

“É legítimo o direito de glosar contas em busca de explicações sobre a correção dos procedimentos executados, mas nos últimos três anos criou-se uma rotina que impacta de modo negativo toda a cadeia, a glosa tornou-se uma ferramenta para reter recursos dos hospitais e das empresas de medicina diagnóstica e isto acaba refletindo nos fornecedores. Temos dificuldades para explicar aos hospitais como a glosa aumentou ano passado quando melhoraram os resultados das operadoras”, concluiu.

Crédito da foto: Rovena Rosa

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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