Por que o Carnaval movimenta bilhões de reais?

Por que o Carnaval movimenta bilhões de reais?

O que isso tem a ver com sua empresa?

O Carnaval é, sem dúvida, o maior espetáculo do Brasil. Mais do que uma celebração cultural, ele movimenta bilhões de reais e impulsiona setores inteiros da economia. Mas seu impacto vai muito além do turismo e do entretenimento. A energia dessa festa ensina valiosas lições sobre engajamento, experiência e conexão com o público – algo essencial também no universo dos eventos corporativos. Afinal, se há um evento que sabe envolver as pessoas de forma autêntica e espontânea, é o Carnaval.

A festa não é só música e dança; é uma plataforma orgânica de branding e engajamento. Marcas que participam ativamente desse momento percebem que não basta apenas estampar um abadá ou um trio elétrico – é preciso criar experiências que façam sentido e gerem impacto real. Esse conceito vale também para feiras, convenções e lançamentos de produtos, que buscam inspiração na interatividade dos blocos de rua e na grandiosidade dos desfiles de escolas de samba para criar eventos mais envolventes e memoráveis.

Além do aspecto emocional, o Carnaval é um motor econômico. Segundo o Ministério do Turismo, a festa movimenta cerca de R$ 8 bilhões por ano no Brasil, impulsionando setores como moda, alimentação, tecnologia, comunicação e serviços. Esse ecossistema criativo gera oportunidades que vão além dos dias de folia e mostram o poder de experiências imersivas na relação entre marcas e consumidores. Se um bloco pode arrastar milhões de pessoas de forma espontânea, um evento corporativo bem estruturado pode conquistar o mesmo engajamento ao oferecer uma vivência diferenciada ao público.

O Carnaval também dita tendências que rapidamente se refletem no mercado de eventos. Sustentabilidade, diversidade e inclusão são cada vez mais relevantes, e a forma como esses temas são abordados influencia diretamente a percepção do público sobre as marcas. Materiais ecológicos, como o glitter biodegradável, e campanhas que promovem pluralidade são exemplos de como a festa dialoga com novas expectativas da sociedade. O mesmo acontece nos eventos empresariais, onde há uma busca crescente por experiências mais autênticas, participativas e conectadas com valores reais.

Outro ponto essencial é a experiência humana. Por mais que a tecnologia esteja presente na produção e na segurança do Carnaval, o que torna essa festa única é a emoção genuína das pessoas. Nos eventos corporativos, a lógica é a mesma. Inteligência artificial e automação podem otimizar processos e personalizar interações, mas são as conexões humanas que transformam um evento em algo inesquecível. Empresas que equilibrarem inovação tecnológica com experiências autênticas terão um grande diferencial competitivo.

No futuro, veremos cada vez mais eventos empresariais adotando a “carnavalização” como estratégia para engajamento. O que antes era visto apenas como entretenimento passa a ser um modelo de como criar conexões poderosas com o público. A pergunta que fica é: sua empresa vai apenas assistir essa transformação acontecer ou vestir a fantasia e entrar no desfile da inovação?

O artigo foi escrito por Andreza Santana, que é General Manager da MCM Brand Experience

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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