Teve dados cadastrais de chave PIX vazadas? Saiba como se proteger

Teve dados cadastrais de chave PIX vazadas? Saiba como se proteger

BC anunciou, nesta segunda-feira (17), que mais de 25 mil dados cadastrais estão “potencialmente expostos”

O Banco Central informou, nesta segunda-feira (17), um incidente de segurança que expôs dados cadastrais de 25.349 chaves Pix sob a responsabilidade da QI Sociedade de Crédito Direto S.A., ocorrido entre 23 de fevereiro e 6 de março de 2025. As informações potencialmente comprometidas incluem nome do usuário, CPF com máscara, instituição de relacionamento, agência, número e tipo da conta. No entanto, o BC ressalta que não foram expostos dados sensíveis, como senhas ou informações financeiras.

Ainda que esses últimos dados não tenham sido vazados, outros tipos de informações pessoais devem ser mantidos em sigilo. Isso porque são usualmente utilizados para tentativas de golpe. O vazamento de chaves Pix é um dos principais riscos de segurança digital no Brasil em 2024. De acordo com um relatório da Apura, especializada em cibersegurança, ocorreram 12 incidentes que expuseram dados de mais de 260 mil usuários em 12 instituições financeiras.

De acordo com Alexander Coelho, sócio do Godke Advogados e especialistas em Direito Digital e Proteção de Dados, o grande problema nesta situação não é o Pix em si, mas a fragilidade de algumas instituições que fazem parte desse ecossistema.

“Bancos e fintechs que tratam dados financeiros têm de levar segurança cibernética a sério. Não basta só cumprir a LGPD no papel, é preciso implementar medidas robustas”, defende Alexandre Coelho.

No entanto, estes dados cadastrais podem ser usados para falsificação de documentos, abertura de cadastros e contas bancárias em nome das vítimas, além de viabilizarem a prática de phishing e outros golpes de engenharia social nos quais os dados vazados são usados para criar golpes mais convincentes e personalizados às vítimas.

“Não raro os dados vazados passam a integrar bancos de dados de informações pessoais que são comercializados na chamada dark web, ou seja, uma parte obscura da internet onde não existe regulação nem indexação por mecanismos de busca comuns, portanto, um ambiente propício à disseminação de crimes e atos ilegais”, explica Rafael Federici, sócio do CNF Advogados e especialista em Direito Digital.

Entre as medidas imediatas para proteção, estão a criptografia forte e autenticação multifator para o acesso aos sistemas internos, acompanhado de monitoramento em tempo real.

“Muitos vazamentos acontecem por falhas básicas de segurança. Um banco que só avisa sobre um vazamento dias depois já está falhando na proteção ao cliente”, diz Coelho, reforçando que, se as instituições falharem nesses pontos, podem ser responsabilizadas com multas milionárias e até danos morais coletivos caso os clientes sofram prejuízos.

Para minimizar o risco de vazamento de dados, o usuário deve escolher de forma mais criteriosa o banco, instituição de pagamento ou fintech na qual manterá o seu relacionamento para pagamentos via PIX, dando preferência a empresas que coloquem a segurança da informação em primeiro plano e invistam de forma consistente em proteções aos dados dos usuários. “Normalmente os grandes bancos e instituições possuem mais recursos e meios para realizar esse investimento em segurança”, completa Federici.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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