Empreendedor: confira os 7 erros mais frequentes na emissão de nota fiscal

Empreendedor: confira os 7 erros mais frequentes na emissão de nota fiscal

Confira os cuidados básicos na hora de emitir a nota fiscal, evitando erros que podem gerar prejuízos

A emissão de notas fiscais faz parte da rotina diária de qualquer negócio, exigindo, por parte de quem emite, conhecimento mínimo da legislação contábil, fiscal e tributária. Quando a emissão é realizada de forma incorreta, pode causar à empresa prejuízos, multas e punições. Para ajudar o empreendedor nesta tarefa, a IOB, que une Inteligência em legislação e Tecnologia avançada para resolver os desafios de contadores e empresas, listou os 7 principais erros que ocorrem na emissão de uma nota fiscal, suas consequências e como eles podem ser evitados.

1. Colocar estado de destino igual ao estado de origem em uma Operação Interestadual

Conhecido como rejeição 772, esse erro ocorre quando é emitida uma nota fiscal com a informação de Operação Interestadual, porém a UF do destinatário é igual a UF do emitente.

Para Fabiana Marastoni, especialista em Tributos da IOB, é sempre importante confirmar a “Cidade – Estado” informada no cadastro do cliente vinculado à sua NF-e, se for necessário, realizar a alteração. Já se a “Cidade – Estado” do cliente estiver correta (operação dentro do mesmo estado da empresa emitente), basta confirmar o CFOP (Código Fiscal de Operações e Prestações) informado nos produtos da NF-e.

2. Errar o CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestações

O CFOP serve para identificar o tipo de operação, se é de entrada ou de saída, e tem vinculação direta com a natureza da operação. Sua finalidade é definir qual a operação ou prestação será efetivamente realizada. O CFOP traz informações complementares à natureza da operação, com vinculação de um código específico.

“Existe um código exato e correto de CFOP para cada operação, por isso o empreendedor deve estar atento para não emitir a nota com um código que não se aplica a operação realizada”, comenta Fabiana.

3. Errar o CST (Código de Situação Tributária da Mercadoria)

O CST é uma sequência numérica que determina a tributação aplicada a cada produto. A numeração informa a origem da mercadoria (nacional ou importada), e as regras de recolhimento de ICMS aplicada.

O preenchimento correto do CST é fundamental para o recolhimento da alíquota certa do ICMS e para evitar que o empreendedor cometa algum erro fiscal. Além disso, “o código CST está diretamente relacionado e deve ser coerente com o CFOP”, alerta a especialista da IOB, com variáveis divergentes, a nota é emitida de maneira errada.

4. Errar na Composição de Cálculo do ICMS

O valor do ICMS sobre a nota fiscal de um produto deve levar em conta também custos com o frete, seguro e despesas acessórias, entre outros, em sua base de cálculo, não apenas o custo segregado do produto.

Segundo Fabiana, a tributação é aplicada a toda a operação envolvida na compra do cliente e entrega do produto. Caso contrário, você está cometendo crime de sonegação fiscal.

5. Errar no preenchimento dos Campos que estão fora do Danfe

Para a emissão correta de uma nota fiscal não basta acertar no preenchimento de todos os campos do Danfe (Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica). É preciso ter total acuidade também no preenchimento do arquivo XML que é a base da nota fiscal eletrônica.

O arquivo XML possui, por exemplo, um campo exclusivo que informa se a mercadoria é entregue ao cliente no ponto de venda ou em algum outro endereço. Possui também um campo para quando a nota emitida faz referência a uma nota anterior. Isso ocorre, por exemplo, com uma nota de devolução de mercadoria, que deve fazer referência em campo específico à nota de compra do produto. Erros no preenchimento do XML podem levar à rejeição da nota.

6. Esbarrar na rejeição, quando o cliente tem problemas de cadastro

Para Marastoni, outro erro frequente e pouco divulgado, é quando ocorre a rejeição da nota porque o cliente pessoa jurídica tem algum problema cadastral que bloqueia sua inscrição estadual (irregularidade fiscal do destinatário). Esse é um erro que não ocorre na emissão da nota em si, mas quando o departamento comercial ou o próprio empreendedor fecha negócio com outra empresa e não checa a situação cadastral do cliente. Assim, para evitar que a nota seja rejeitada, é importante checar o Cadastro Centralizado de Contribuinte antes da emissão. Caso exista alguma divergência, o cliente pode regularizar a situação junto à Sefaz para dar prosseguimento ao negócio.

7. Não possuir um emissor de notas fiscais

Por fim, muitos empreendedores também erram quando não possuem um sistema emissor de notas fiscais, como o IOB Emissor, e dependem de sistemas gratuitos, que sofrem constantes instabilidades, são lentos e limitados. Contar com um emissor digital de notas fiscais pode auxiliar a rotina do empreendedor e evitar dores de cabeça na emissão de notas.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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