Falta de ética prejudica empregabilidade de recém-formados

Falta de ética prejudica empregabilidade de recém-formados

94% dos recrutadores admitem evitar a contratação de recém-formados

Quatro em cada dez líderes empresariais não consideram os jovens preparados para o mercado de trabalho e sete em cada dez apontam como principais problemas a falta de ética, a inabilidade de comunicação e a ausência de senso de propósito. Como resultado, 94% dos recrutadores admitem evitar a contratação de recém-formados.

Os dados da pesquisa realizada pela Intelligent.com trazem à tona uma reflexão: é possível ensinar ética na faculdade? No Dia Nacional da Ética, celebrado em 2 de maio, a professora dos cursos de graduação e pós-graduação do UniCuritiba, Stela Marlene Schwerz, fala sobre o tema.

“A ética profissional compreende princípios e valores que orientam o comportamento no ambiente de trabalho. Envolve responsabilidade, honestidade, respeito, justiça e integridade, fatores que ajudam a construir confiança e assegurar que os interesses de clientes, colegas e da sociedade sejam respeitados. E sim, ela pode ser aprendida na faculdade e deve fazer parte das discussões em sala de aula e da formação do profissional”, diz a doutora em Direito.

Com origem do grego ethos, ética tem relação direta com caráter e comportamento. No âmbito profissional, diversas áreas se veem envoltas em questionamentos constantes, entre elas saúde, direito, tecnologia, negócios, política e educação.

“Muitas questões éticas envolvem decisões que podem impactar outras pessoas, como privacidade, equidade e integridade. Ainda que sejam discussões complexas, e justamente por isso, elas devem fazer parte do dia a dia acadêmico”, continua a professora do curso de Direito.

Quando o assunto é ética profissional, algumas profissões costumam ficar mais expostas devido à natureza das atividades e ao impacto que as ações desses profissionais podem ter na sociedade.

1.   Profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas) – lidam com a vida, privacidade e bem-estar das pessoas, o que exige altos padrões éticos.

2.   Advogados e profissionais do direito – lidam com justiça, confidencialidade, sigilo e integridade na defesa dos clientes.

3.   Profissionais de educação – são responsáveis por formar cidadãos e transmitir valores, o que demanda ética na conduta e no ensino.

4.   Executivos e profissionais de negócios – enfrentam dilemas relacionados à responsabilidade social, honestidade, transparência e compliance.

5.   Profissionais de tecnologia e dados (desenvolvedores e gestores de informações) – lidam com privacidade, segurança e uso responsável de dados.

6.   Políticos e servidores públicos – têm grande impacto na sociedade e estão sujeitos a questões de corrupção, responsabilidade e transparência.

Com 75 anos completados em abril, o UniCuritiba aposta na sinergia entre tradição e inovação para ensinar habilidades técnicas sem perder o foco na ética profissional. Diretora-adjunta do centro universitário, Marcela Xavier explica que, no dia a dia da sala de aula, os professores abordam valores, princípios morais e condutas profissionais.

“Sabemos do nosso papel no desenvolvimento integral dos futuros profissionais e a ética é algo que precisa ser discutida e estimulada em todas as esferas. Afinal, ela se desenvolve ao longo da vida, com experiências, reflexões e a convivência em sociedade”, comenta Marcela.

Segundo a diretora, a formação acadêmica ajuda a entender as normas e responsabilidades da profissão, mas a prática ética também depende do caráter, da postura e do compromisso de cada pessoa.

“Não podemos afirmar categoricamente que a ética profissional esteja em decadência. Generalizar é um risco. Temos visto, sim, algumas condutas questionáveis ou de perda de valores éticos, o que acaba gerando essa falsa impressão de um problema crônico. O debate sobre ética é antigo. A novidade é que, com as redes sociais, esses casos ganham mais repercussão”, analisa a diretora.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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