Como montar um plano de carreira em cinco etapas

Como montar um plano de carreira em cinco etapas

Estratégia simples ajuda profissionais a assumirem o controle da própria trajetória, independentemente do apoio da empresa

Ter um plano de carreira não é privilégio de executivos ou de quem trabalha em grandes empresas. Qualquer profissional pode — e deveria — estruturar um roteiro para guiar sua vida profissional. O processo, dividido em cinco etapas, envolve autoconhecimento, definição de metas, diagnóstico de lacunas, ações com prazos definidos e revisão periódica.

“Se você não tomar as rédeas da sua carreira, alguém vai decidir por você. E, na maioria das vezes, essa decisão não leva em conta seus objetivos ou desejos”, afirma Virgilio Marques dos Santos, gestor de carreiras, PhD pela Unicamp e sócio-fundador da FM2S, startup de Educação e Consultoria sediada no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp.

O primeiro passo, segundo Santos, é entender o que move cada pessoa. “Autoconhecimento é a base para qualquer plano profissional consistente. Você precisa saber o que faz bem, o que te desgasta, e onde você costuma performar melhor”, diz. Para isso, ele sugere ferramentas simples, como a matriz SWOT pessoal (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças) e conversas francas com colegas, que podem ajudar a identificar padrões de comportamento e desempenho.

A segunda etapa é estabelecer uma meta de médio ou longo prazo. “Muita gente trabalha no automático. Mas sem uma direção, qualquer movimento serve — o que pode significar anos sem avanços reais”, afirma Santos. Ele recomenda o uso da técnica SMART, que ajuda a definir objetivos específicos, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo.

Em seguida, é hora de fazer um diagnóstico: identificar o que ainda separa o ponto atual do destino desejado. “Pergunte-se: o que está faltando? Formação, experiência, visibilidade, contatos?”, sugere. Santos recomenda usar o LinkedIn para analisar perfis de profissionais que já atuam nas posições almejadas. “É uma forma prática de entender as competências que o mercado valoriza.”

Com essas informações, é possível construir um plano de ação concreto. “Sem prazos e etapas claras, o plano não sai do papel. Precisa estar vivo, visível. Pode ser no planner, no Trello ou no caderno; o importante é acompanhar”, diz. Ele propõe dividir o caminho em marcos factíveis — como concluir um curso até determinado mês, liderar um projeto específico ou iniciar mentorias.

A última etapa é a revisão periódica. “O plano de carreira não é rígido. Ele deve ser revisto a cada seis meses. O mundo muda, e você também. Reavaliar é parte do processo”, afirma. Para manter o engajamento, ele recomenda criar um grupo pequeno com colegas de confiança. “Funciona como rede de apoio e, ao mesmo tempo, como lembrete prático de que você não está sozinho nesse esforço.”

Para quem sente resistência ou desânimo, Santos é direto: “Vai dar preguiça, claro. Mas é a sua carreira. É ela que banca sua vida, seus sonhos, sua segurança. Não dá para terceirizar isso.” Ele reforça que a construção da trajetória profissional é um exercício contínuo. “Não precisa ser perfeito. Precisa começar.”

Segundo ele, adiar esse movimento é abrir espaço para que outras pessoas — chefes, empresas, circunstâncias — decidam o rumo da sua vida profissional. “Ter clareza sobre onde se quer chegar não garante que o caminho será fácil. Mas evita que se ande em círculos”, conclui Santos.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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