Meio do já ano chegou e organização financeira ainda pode ser ajustada

Meio do já ano chegou e organização financeira ainda pode ser ajustada

Autoanálise, definição de prioridades, anotações de gastos e planejamento estão entre os passos para o 2º semestre

O meio do ano chegou e bateu aquela sensação de “já foi um semestre?”. Mas, calma: ainda tem muito chão pra correr atrás dos planos, organizar as finanças e fazer acontecer cada objetivo definido lá atrás. Mila Gaudencio, educadora financeira e consultora do will bank, destaca que esse é o momento certo para fazer um balanço e dar um recomeço nas finanças com mais leveza e direção.

Pela primeira vez, mais de 70 milhões de brasileiros estão com contas em atraso — isso dá cerca de 42% dos adultos do país, segundo a CNDL. Um sinal de alerta que mostra como os primeiros meses do ano foram puxados para muita gente. “O bicho pode pegar, os imprevistos chegam sem avisar e, quando a gente vê, a dívida aparece. Mas, o mais importante é entender que você não é o vilão dessa história e pode sim dar o próximo passo rumo à solução”, comenta Mila.

No início vale fazer uma autoanálise sincera da situação financeira atual e comparar com o cenário de seis meses atrás. Só assim dá para entender o que mudou e reajustar os objetivos de um jeito mais real e eficiente. A consultora do will pontua que, depois dessa análise, vale colocar as prioridades na mesa. Resolver uma pendência ou liquidar uma dívida por vez ao longo do restante do ano ajuda as mudanças a saírem do papel — sem pressão demais e com bem menos frustração no caminho.

Anotar é o primeiro passo para virar a chave

Conforme o estudo Dismorfia Financeira, feito pelo will bank, 46% dos brasileiros sentem que um futuro próspero parece cada vez mais distante. Uma sensação que, muitas vezes, desanima antes mesmo do primeiro passo. Para dar um chega pra lá nesse sentimento, anotar cada avanço na organização das finanças pode ser uma baita aliada — porque ver o progresso, mesmo que aos poucos, faz toda a diferença.

Organizar os gastos com a técnica ABCD — Alimentação, Básico, Conforto e Desnecessário — ajuda a enxergar para onde o dinheiro está indo. “Se você percebe que os percentuais da renda na categoria ‘desnecessário’ ou o volume de dívidas vêm caindo mês após mês, já é um sinal claro de que suas atitudes estão fazendo efeito”, explica a Mila.

É no planejamento que tudo se encaixa

Com a autoanálise feita, as prioridades no radar e o fluxo das anotações na mão, planejar fica bem mais leve. A dica da Mila é: experimente organizar os próximos 6 meses pensando em tudo — dos gastos do dia a dia até aquele presente de aniversário, passando pelo delivery e os deslocamentos via corrida de app.

“Se guardar uma grana está entre suas prioridades, não precisa começar com tudo. Se R$ 200 pesar no bolso, começar com R$ 50 é um baita passo”, reforça Mila Gaudencio, consultora do will bank. “O que vale aqui é criar constância, se acostumar com o hábito”, diz.

Não ter medo de enfrentar as finanças

Falar de grana pode até parecer difícil — e não é à toa: 7 em cada 10 brasileiros não usam palavras positivas para descrever essa relação, segundo a pesquisa de Dismorfia Financeira. Mas, é justamente falando sobre isso que se começa melhorar a relação com o dinheiro, permitindo entrar no segundo semestre com o pé direito.

“Quando o assunto dinheiro não entra na conversa do dia a dia, tudo que dizem sobre organização financeira parece distante demais. Aí acaba batendo a vontade de desistir antes mesmo de tentar”, orienta Mila. “Mas, quando a gente coloca o tema na roda, a sensação de ‘só eu tô atrasado ou na batalha’ vai embora. Porque, na verdade, todos estão no mesmo barco”.

Organizar as finanças não precisa ser um bicho de sete cabeças e nem um plano para “depois”. Com organização e consistência, é possível melhorar a relação com o dinheiro  e construir, aos poucos, um saldo emocional – e financeiro – mais positivo ao longo do segundo semestre.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *