Por quanto tempo você sobreviveria sem renda?

Por quanto tempo você sobreviveria sem renda?

Veja como criar a sua reserva de emergência

Em um cenário econômico instável, ter uma reserva financeira é essencial para enfrentar imprevistos sem comprometer o orçamento. Mas como construir essa segurança? Especialistas recomendam ter o suficiente para se manter sem trabalhar por seis meses; outros, por um ano. Embora não seja o único, começar a guardar dinheiro continua sendo um dos maiores desafios.

Mesmo entre os mais ricos, a maioria dos brasileiros não possui reserva de emergência. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva, 63% das pessoas nas classes A e B não têm nenhuma reserva, enquanto na classe C esse índice chega a 77%. Nas classes D e E, sobe para 81%.

A recomendação de guardar o equivalente a seis meses de salário como reserva de emergência é um parâmetro geral, mas o valor ideal pode variar conforme o perfil financeiro, estilo de vida e estabilidade financeira de cada pessoa. O primeiro passo é definir o nível de segurança que você deseja obter, ou seja, por quantos meses você quer garantir seu custo de vida.

“Para algumas pessoas, ter três meses de reserva pode ser o suficiente, mas outros profissionais precisarão de um montante que cubra o ano inteiro. Por exemplo, para quem é autônomo ou freelancer, é ideal ter, ao menos, um semestre de reserva. Já para quem é CLT e tem gastos fixos baixos, uma poupança que sustente três meses pode ser o bastante. Os empreendedores devem garantir até 12 meses de reserva”, segundo Túlio Matos, CEO da iCred.

O especialista recomenda separar um percentual fixo da renda, entre 10% a 20%, assim que receber o salário. Uma possibilidade é utilizar transferências automáticas para uma conta destinada à reserva de emergência, reduzindo a tentação de gastos — especialmente para os consumistas. Outro aspecto muito importante é rever tarifas bancárias e gastos ‘invisíveis’, fazendo pequenos ajustes que viabilizem a poupança.

O CEO também recomenda procurar alternativas de renda extra, como trabalhos temporários, investimentos passivos ou aluguéis, para acelerar o acúmulo de dinheiro e proteger contra crises no emprego principal. Ele também alerta que os investimentos precisam ter liquidez, ou seja, a possibilidade de resgate rápido, caso seja necessário.

Agora, se a pessoa não tiver uma reserva de emergência e estiver precisando de dinheiro, o empréstimo consciente pode ser uma saída — um dos principais motivos que levam os brasileiros a recorrer ao empréstimo pessoal é justamente uma emergência financeira (53%), segundo dados do Instituto Locomotiva. “O crédito não precisa ser visto como um vilão; ele pode e deve ser usado com a finalidade de se organizar financeiramente e planejar melhor o futuro”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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