Selic a 15% amplia oportunidades em renda fixa, mas exige atenção ao risco

Selic a 15% amplia oportunidades em renda fixa, mas exige atenção ao risco

Especialista destaca prefixados e híbridos como alternativas para garantir rendimento elevado no longo prazo com juros em patamar histórico

A taxa Selic no patamar de 15% abre uma série de possibilidades para investidores que buscam alocações mais seguras e rentáveis. De acordo com Adriana Ricci, head de Operações da SHS Investimentos, esse nível não era observado desde 2006, o que torna o momento especialmente atrativo para consolidar estratégias em renda fixa.

“A taxa Selic nesse patamar é muito interessante, mas é preciso cautela. Entre as alternativas disponíveis, os títulos prefixados têm ganhado destaque por oferecerem a oportunidade de travar taxas elevadas por prazos mais longos. Hoje, é possível encontrar rentabilidades entre 15,5% e 17% ao ano em produtos com vencimentos de até sete anos”, afirma Ricci.

Segundo a especialista, para quem prioriza liquidez, os pós-fixados continuam relevantes, pois acompanham a curva de juros e permitem resgates imediatos. “Eles servem também como uma reserva estratégica para aproveitar futuras oportunidades em renda variável. Ainda assim, a recomendação é diversificar o portfólio, combinando diferentes modalidades de títulos para equilibrar risco, retorno e flexibilidade”.

Os produtos híbridos, atrelados ao IPCA mais uma taxa fixa, aparecem como uma opção interessante para proteger a carteira contra eventuais aumentos da inflação. “Hoje encontramos taxas de IPCA + 7%, IPCA + 7,5% ou até mais, principalmente em crédito privado, mas eles exigem uma análise cuidadosa por envolver maior risco”, explica Adriana.

No caso dos CDBs, o investidor conta com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito, limitada a 250 mil reais por CPF e por instituição, o que confere maior segurança. Já produtos como debêntures incentivadas, CRIs e CRAs expõem o investidor diretamente ao risco de crédito, demandando uma avaliação detalhada da saúde financeira das empresas emissoras.

Adriana destaca ainda que manter parte do capital em pós-fixados garante não apenas liquidez, mas também flexibilidade para migrar para outras classes de ativos, como ações, quando a taxa de juros começar a recuar. “Não se deve direcionar todo o capital para o prefixado. A diversificação entre pós, pré e híbrido é essencial para construir uma estratégia robusta e preparada para diferentes cenários”, finaliza a especialista, que soma 25 anos de atuação no mercado financeiro.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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