Pesquisa identifica a intenção de compra de imóveis em Curitiba

De acordo com o presidente da entidade, Gustavo Selig, os dados mostram uma alta intenção de compra de imóveis prontos, em fase final de obra ou recém-concluídos, ainda que 37% dos entrevistados não façam diferenciação quanto á aquisição de imóvel na planta. Interessante notar que, quanto maior a renda, maior a tolerá¢ncia ao tempo de entrega, o que pode ser explicado por se tratar de um imóvel de upgradeâ€, avalia.
Enquanto apenas 10,5% das famílias com renda até R$ 6 mil estão dispostas a esperar mais de 30 meses pela entrega, quase 20% das famílias com renda superior a R$ 10 mil esperariam pelo mesmo prazo. Selig destaca que isso está diretamente relacionado á justificativa para aquisição do imóvel. ဠexceção dos jovens com idade entre 21 e 29 anos, em que o principal fator de compra está atrelado ao casamento, nas demais faixas etárias a aquisição está relacionada á troca da residência por uma mais nova ou maior. Sair do aluguel é a segunda maior motivação, o que exige a mudança imediata e, portanto, favorece a compra de imóveis prontos para morarâ€, explica.
Para todas as faixas de renda, especialmente na que ultrapassa os R$ 10 mil e para os jovens com idade até 29 anos, o apartamento é o imóvel procurado, majoritariamente para moradia. Na faixa de R$ 6 mil a R$ 10 mil de renda familiar, principalmente para clientes com idade entre 21 e 49 anos, destaca-se a procura por sobrados e acima de R$ 10 mil, e dos 50 anos, apartamentos e casas em condomínio são os imóveis preferidos. Localização, faixa de preço, capacidade de pagamento e metragem privativa foram os aspectos mais citados para a decisão de compraâ€, destaca Selig (foto).
Os imóveis com três dormitórios, duas vagas de garagem e dois banheiros são considerados ideais pelos compradores. Para aqueles que consideram relevante haver opções de lazer, 57% acham importante ou muito importante ter espaço gourmet sendo, inclusive, o único item com mais de 50% na avaliação de grau de importá¢ncia. Em seguida, foram apontados churrasqueiras externas, paisagismo e fitness.
O água Verde continua a ser o bairro mais desejado para moradia, seguido do Portão e Bigorrilho (Champagnat). Na Região Metropolitana de Curitiba, o município de São José dos Pinhais é o preferido (30%), seguido dos de Pinhais (21%) e Colombo (20%).
O levantamento avaliou ainda a intenção de compra do segundo imóvel, com fins de lazer. Apenas 7% dos entrevistados apresentaram interesse nessa aquisição, a maioria, para os próximos 24 meses. Neste item, a opção por casa na praia lidera as preferências (56%), seguida dos apartamentos na praia (28%). O Estado de Santa Catarina destaca-se como destino mais desejado, especialmente as cidades de Balneário Camboriú e Florianópolis. No litoral paranaense, os municípios com maior atratividade são Guaratuba e Caiobá.
Adquirir um imóvel com valor de R$ 150 mil a R$ 250 mil é a primeira opção dos compradores com idade entre 21 e 39 anos, tendo os imóveis entre R$ 250 mil e R$ 400 mil como segunda opção. Acima dos 40 anos, a preferência é por imóveis com preço entre R$ 250 mil e R$ 400 mil. Para o público com idade entre 40 e 49 anos, a segunda opção mais citada foi para a aquisição de imóvel com preço entre R$ 150 mil e R$ 250 mil, ao contrário das pessoas com mais de 50 anos, que mostraram interesse para empreendimentos imobiliários entre R$ 400 mil e R$ 600 mil.
A distribuição do valor total do imóvel em poupança e financiamento também varia conforme as faixas etárias pesquisadas. Entre 21 e 29 anos, o cenário ideal projetado seria uma entrada de R$ 15 mil e parcelas mensais de R$ 601,00 a R$ 1 mil. Entre 30 e 39 anos, a entrada seria de R$ 100 mil com parcelas mensais de R$ 1.001,00 a R$ 1,5 mil. O mesmo valor de entrada, de R$ 100 mil, além de parcelas mensais de R$ 601,00 a R$ 1 mil é atraente para os compradores entre 40 e 49 anos. Para os clientes acima de 50 anos, pagamento á vista do valor de entrada e parcelas mensais acima de R$ 2.501,00 são consideradas possíveis.
Em relação ao valor de entrada, aqueles que vão se casar apresentam o menor percentual em relação á forma de pagamento á vista, bem como a maioria daqueles que desejam morar sozinho. Os que estão motivados pela troca da residência atual naturalmente estão dispostos a desembolsar um valor maior no novo imóvelâ€, avalia o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig. Quase 75% das pessoas que pretendem sair do aluguel estão dispostas a pagar um valor de entrada de até R$ 50 mil.
Segundo me informou Gustavo Selig, este ano, o mercado de imóveis novos de Curitiba deverá apresentar crescimento de 12%. Já a valorização dos imóveis novos localizados na capital paranaense ficou em 15% e deve continuar crescendo nos próximos anos, na avaliação do presidente da Ademi/PR.