Efeitos da crise financeira e eventos climáticos estão entre os principais riscos de 2013

crise.jpgO mundo está mais arriscado com os efeitos da crise financeira, num peíodo de eventos climáticos extremos, segundo o relatório Riscos Globais 2013 do Fórum Econômico Mundial, realizado com contribuições da Marsh & McLennan Companies, Swiss Reinsurance, Zurich Insurance Group, Oxford Martin School (Universidade de Oxford) e da Universidade Nacional de Cingapura do Centro Wharton de Gerenciamento de Riscos (Universidade da Pennsylvania). O estudo, resultado de uma pesquisa com mais de mil  especialistas e líderes empresariais, realça as severas disparidades de renda acompanhadas por desequilíbrios fiscais crônicos. Esses são os dois principais riscos globais atualmente que reflete as preocupações sobre as dívidas governamentais, segundo o estudo.

Na sequência de um ano marcado por condições meteorológicas extremas, do furacão Sandy á s cheias na China, o aumento das emissões de gases de efeito estufa é considerado o terceiro maior risco global, enquanto a incapacidade de adaptação á  mudança climática foi vista como o risco ambiental com maiores efeitos de contágio para a próxima década. Estes riscos globais são essencialmente um alerta de saúde em relação aos nossos sistemas mais cíticos”, afirma Lee Howell, editor do relatório e Diretor-Executivo do Fórum Econômico Mundial. A resiliência nacional aos riscos globais necessita ser uma prioridade, para que os sistemas cíticos possam continuar a funcionar, apesar de grandes alterações”, acrescentou.

Segundo Axel P. Lehmann, diretor de análise de riscos do Zurich Insurance Group, diante do custo crescente de acontecimentos como o furacão Sandy, as gigantescas ameaças aos países-ilhas” e á s comunidades costeiras, e sem resolver a questão das emissões de gases de efeito estufa, as evidências são claras. Chegou o momento de agir”, diz.

Confira os principais riscos analisados no relatório Riscos Globais 2013:

1. Saúde – Enormes avanços no campo da saúde deixaram o mundo perigosamente complacente. A crescente resistência a antibióticos pode empurrar os sistemas de saúde para um colapso, enquanto um mundo hiperconectado facilita a disseminação de pandemias. Este risco estabelece as relações entre resistência aos antibióticos, doenças crônicas e o fracasso do regime internacional de direitos de propriedade intelectual, recomendando maior colaboração internacional e modelos de financiamento diferentes.

2. Economia e Ambiente sob Estresse – Riscos socioeconômicos estão fazendo derrapar os esforços para ultrapassar os desafios colocados pela mudança climática. Num momento em que as mudanças estruturais estão acontecendo na economia e no ambiente, esta questão requer novas abordagens para que sejam realizados os investimentos estratégicos necessários para evitar os piores cenários de ambos os sistemas.

Para John Drzik, presidente executivo do Oliver Wyman Group, da Marsh&McLennan Companies, as duas tempestades – a ambiental e a econômica – encontram-se em rota de colisão. Se não alocarmos os recursos necessários para mitigar o risco crescente dos eventos climáticos severos, a prosperidade global das gerações futuras pode estar ameaçada. Os líderes políticos e empresariais e os cientistas devem unir-se para a gestão destes riscos complexos”, afirma.

Segundo David Cole, diretor de análise de riscos do grupo Swiss Re, lidar com as crises econômicas e de mudança climática infelizmente não é visto como uma continuidade, mas como escolhas opostas. O conceito que tem ganhado terreno é que não podemos ter soluções para as duas. Mas precisamos ir além desta abordagem reducionista. Então, por considerarmos uma abordagem holística das situações como o gerenciamento de risco inteligente, devemos ter essa atitude em relação aos desafios econômicos e de mudança climática que estamos enfrentando”, diz.

3. Crises Digitais – Da imprensa á  Internet, sempre foi difícil prever como as novas tecnologias vão moldar a sociedade. Apesar de muitas vezes constituir uma força para o bem, a democratização da informação também pode ter consequências voláteis e imprevisíveis, como se reflete nos tumultos provocados pelo filme anti-islá¢mico postado no YouTube. Enquanto o papel tradicional da mídia como guardiá encontra-se em erosão, este caso mostra como a conectividade possibilita que as crises digitais se espalhem e coloca a questão do que se pode fazer para evitar isso.

Soma

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *