Só uma sucessão bem planejada garantirá longevidade de empresas familiares

Só uma sucessão bem planejada garantirá longevidade de empresas familiares

Um dos grandes desafios para a longevidade das empresas familiares brasileiras é a sucessão no comando dos negócios. Quando a transferência do comando não é realizada de maneira planejada, os riscos da organização enfrentar problemas são altos. Hoje no Brasil, 90% das nossas empresas são familiares, sendo que pesquisas apontam que apenas 30% chegam à segunda geração e somente 5% são comandadas pela terceira geração. Preocupadas com o velho ditado “Pai rico, filho nobre e neto pobre”, 19% das empresas comandadas por famílias no Brasil já começaram a elaborar um plano de sucessão familiar. Este ainda é um porcentual pequeno, mas tende a crescer.

A verdade é que preparar os herdeiros não é algo simples de fazer, mas se a sucessão for bem avaliada entre os sócios, a continuidade do negócio estará garantida. Uma sucessão realizada sem o devido cuidado é prejudicial, tanto para quem está saindo quanto para quem está entrando, além é claro dos colaboradores que ficarão confusos e desmotivados. Agora, para aumentar as chances de sucesso é primordial fazer o planejamento enquanto o fundador da empresa ainda está ativo na organização, pois ele tem o conhecimento profundo sobre o funcionamento do negócio.
Outro ponto que deve ser avaliado entre os sócios, é sobre qual é a ligação direta com os herdeiros naturais. Por exemplo: se eles são maiores de idade e se estão dispostos a participar de forma efetiva e com a mesma vontade de como o dono do negócio começou? Acontece muito hoje que os filhos não querem assumir os negócios dos pais. Neste caso cria-se outro problema.”

No entanto, se o herdeiro tem vontade e idade para participar do negócio da família, a grande questão passa a ser se ele tem preparo intelectual, técnico e conhecimento de mercado, porque isso demanda certo tempo para ser construído.

Mas, se isso não acontece, o fundador da empresa tem que pensar no seu planejamento sucessório em buscar pessoas fora da família e estar preparando para que essa pessoa trabalhe em prol da empresa familiar.

Por fim, a participação da equipe de trabalho é imprescindível para o bom andamento do processo sucessório, por isso, ela precisa estar 100% comprometida e participando ativamente.
Colaboradores engajados contribuem decisivamente para que todas as etapas do processo aconteçam da melhor maneira possível, empenhando-se ao máximo para entregar bons resultados, aumentar as receitas e as oportunidades de crescimento do negócio.

O consultor e assessor do mercado financeiro especializado em sucessão empresarial e proteção patrimonial, Tiago Melo, aconselha que a empresa conte com uma apólice de seguro de vida sucessória, para que as partes envolvidas, a empresa e a família, não tenham a situação dificultada. “A apólice garante que, na ausência do fundador do negócio, por qualquer motivo, os proventos da empresa tenham dois caminhos: a de liberar uma receita para a família do sócio que se ausentou e que a empresa tenha capital suficiente para buscar um talento no mercado a peso de ouro, para que possa trabalhar como o fundador trabalhou”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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