Especialista orienta agentes de viagens sobre empréstimo
Durante a oitava live transmitida pelo Núcleo Grow UP, realizada na noite de terça-feira (9), o convidado Fábio Marchezin, sócio da Manhattan Investimentos, destacou os três pilares de ações que fazem toda a diferença e que devem ser consideradas antes de recorrer às negociações. São elas: analisar o endividamento da agência de viagens, dispor de um planejamento consistente e apresentar todas as informações bem organizadas.
Em momentos de crise, o empresário que detém o máximo de informações sobre o seu negócio, poderá criar um cronograma mais preciso de medidas para enfrentar o cenário instável e, caso seja necessário recorrer a empréstimos financeiros com condições mais atrativas.
“A agência de viagens que tem bom planejamento faz a diferença no mercado e ainda consegue taxas de juros mais atrativas junto às instituições financeiras. No entanto, para que tudo isso aconteça, os processos devem ser bem definidos, as informações de fácil entendimento e apresentadas de forma organizada e com o máximo de transparência”, ressalta Fábio Marchezin.
Prática comum em momentos de crise, a redução da taxa de juro é uma forma de bancos e financeiras atraírem clientes, mas para não se complicar ainda mais com a entrada de uma quantia que deverá ser paga, é preciso que haja uma análise completa da situação da agência, com o objetivo de identificar se há realmente necessidade de criar uma nova dívida. Segundo o especialista, empréstimos podem ajudar, mas podem se tornar grandes vilões caso o empresário não tenha clareza se terá condições para quitar o novo passivo.
“Sempre digo para amigos e clientes que não façam empréstimos sem antes elaborarem um planejamento sólido para o uso da respectiva quanta e, principalmente, nos meios para o pagamento das parcelas. Em relação às agências de viagens, é preciso que reflitam para saber se vale a pena entrar em uma dívida para quitar outras. Neste sentido, definir o plano de negócios, considerando como a empresa performava antes da crise e ter o controle dos custos fixos e variáveis, das receitas e despesas, é indispensável”, destaca Marchezin.
O especialista diz, ainda, que o planejamento evita empréstimo sem necessidade e dívidas desnecessárias. “Estar ao lado do cliente no atual momento joga uma luz sobre o cenário futuro, pois o empresário poderá ter noção se no pós-crise ele terá esses mesmos clientes para sustentar a receita”, conclui.
Diante da instabilidade econômica atual, o agente de viagens precisa avaliar bem a estratégia definida e o desenvolvimento das ações ao final de cada etapa. Para Rafael Santos, sócio do Núcleo Grow UP, “o empréstimo financeiro é uma alternativa paliativa para dar fôlego ao caixa da agência, mas como destacou bem o nosso convidado, é preciso ter cuidado para que o firmamento desse acordo não se transforme em um novo problema”. Entre as ações a serem tomadas para o enfrentamento de uma possível nova crise, o especialista destaca novamente a importância do planejamento (saber aonde quer chegar), da organização (processos e informações claras) e da comunicação (relação próxima e transparente com os clientes) como ferramentas essenciais.