IGP-M sobe 1,36% na primeira prévia de junho
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,36% no primeiro decêndio de junho, informou nesta terça-feira (9) a Fundação Getulio Vargas (FGV). No primeiro decêndio de maio, este índice tinha caído 0,32%.
“A primeira prévia do IGP-M antecipa as principais influências para os próximos IGPs em junho. No IPA, índice a contribuir de maneira mais destacada para a aceleração atual do IGP-M, as fontes de pressão estão concentradas em combustíveis e lubrificantes para a produção (-13,77% para 4,35%), alimentação (-0,24% para 2,30%) e matérias-primas brutas minerais (4,39% para 6,19%) “, afirma André Braz, coordenador dos Índices de Preços da FGV.
IPA sobe 2,06%
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,06% no primeiro decêndio de junho. No mesmo período do mês de maio, o índice variou -0,35%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram em média 2,21% em junho, após cair 0,41% em maio. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -14,73% para 17,17%.
O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de -1,35% no primeiro decêndio de maio para 1,13% no primeiro decêndio de junho. Este avanço foi influenciado pelo subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de -13,77% para 4,35%.
A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de 0,69% no primeiro decêndio de maio para 2,81% no primeiro decêndio de junho. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: milho em grão (-6,77% para 0,43%), minério de ferro (4,70% para 6,53%) e cana-de-açúcar (-1,02% para 3,23%). Em sentido oposto, vale citar soja em grão (3,30% para 2,21%), leite in natura (1,50% para -1,47%) e café em grão (0,95% para -3,78%).
IPC continua com deflação
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou de -0,46% no primeiro decêndio de maio para -0,26% no primeiro decêndio de junho. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação Transportes (-2,41% para -0,90%) e Educação, Leitura e Recreação (-1,50% para -0,87%). Estas classes de despesa foram influenciadas, principalmente, pelos itens gasolina (-7,98% para -3,14%) e passagem aérea (-15,08% para -7,72%).
Alimentação, habitação e vestuário apresentam queda
Em contrapartida, foram computados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Alimentação (0,44% para 0,12%), Habitação (0,03% para -0,16%), Despesas Diversas (0,54% para 0,03%), Vestuário (-0,39% para -0,58%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,25% para 0,17%). Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (2,84% para 1,16%), gás de bujão (1,29% para -0,62%), serviços bancários (0,82% para 0,00%), calçados (-0,49% para -1,56%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,35% para -0,01%).
Já o grupo Comunicação não variou na passagem do primeiro decêndio de maio para o primeiro decêndio de junho.
INCC sobe
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,27% no primeiro decêndio de junho, taxa superior a apurada no mês anterior, quando o índice foi de 0,18%. Os três componentes do INCC registraram as seguintes taxas da variação na passagem do primeiro decêndio de maio para o primeiro decêndio de junho: Materiais e Equipamentos (0,52% para 0,76%), Serviços (-0,07% para -0,09%) e Mão de Obra que não variou pelo terceiro mês consecutivo.