Você deixa de registrar seu funcionário para não pagar tributos? Não corra riscos

Você deixa de registrar seu funcionário para não pagar tributos? Não corra riscos

O Brasil ainda é um dos campeões no mundo em número de processos trabalhistas e em virtude da pandemia, a tendência é um aumento exponencial da demanda por conta das demissões. Dentro desse cenário, os empresários também acabam sendo prejudicados com a “avalanche” de processos que podem surgir, porque podem ter praticado de forma equivocada a legislação trabalhista.

Entre os principais erros cometidos pelas empresas estão o de não registrar os funcionários, o pagamento de horas extras e salários por fora, não pagamento de adicionais, noturno, insalubridade, periculosidade, entre outros. Por que há um número tão grande de processos trabalhistas? Por que os empresários insistem nesse erro?

Não vale a pena correr riscos

“Para evitar a alta tributação sobre a folha de salário, os empresários preferem correr o risco de um processo trabalhista do que pagar os tributos sobre a folha de salário”, afirma Andrea Giugliani, especialista em Direito Tributário e Empresarial.

Segundo explica a advogada, “esse tipo de pensamento não é o mais inteligente do ponto de vista legal, isso porque há outras maneiras para se reduzir a tributação sem que a sua mão de obra seja atingida”. O empresário deve verificar se os valores pagos mensalmente de contribuições previdenciárias, que giram em torno de 20% sobre a folha de salário, foram recolhidas de forma correta.

Contribuição previdenciária

A jurisprudência já determinou que a contribuição previdenciária deve incidir sobre parte da folha excluindo-se, por exemplo, no caso de verbas indenizatórias, as horas extras, o vale transporte, terço constitucional de férias, auxílio doença, auxílio acidente, auxílio creche e escola, prêmios, gratificações, aviso prévio indenizado dentre inúmeras outras verbas.

Diante disso as empresas podem deixar de recolher esses 20% sobre as verbas indenizatórias e ainda podem ter de volta esses valores que foram recolhidos indevidamente nos últimos 5 anos.

Importância da assessoria jurídica

“Uma assessoria jurídica pode analisar todo o histórico da empresa, bem como a possibilidade de restituir todos esses valores pagos indevidamente, gerando um ótimo benefício financeiro e caixa disponível para ser utilizado no dia a dia da atividade comercial e empresarial”, afirma Andrea.

De acordo com a especialista, também é possível atuar de forma preventiva junto aos empresários para analisar as mudanças das leis, das convenções coletivas, como forma de evitar que a empresa seja surpreendida com um processo trabalhista. “Fazendo isso, o ambiente de trabalho também será mais sadio, pois os funcionários terão a certeza que estão trabalhando em um local onde todos os seus direitos são respeitados”, finaliza.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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