Pandemia dá um nó na logística do transporte marítimo e falta de contêineres eleva preços dos fretes

Pandemia dá um nó na logística do transporte marítimo e falta de contêineres eleva preços dos fretes

Os impactos da pandemia continuam se refletindo nos negócios internacionais, principalmente em relação à falta de contêineres. Tudo começou no final de janeiro com a parada nos embarques a partir da China provocada pelo ano novo chinês seguida do novo coronavírus, e isso acabou dando um nó na logística do transporte marítimo mundial

Acontece que com o lockdown que durou mais de 70 dias em cidades da China, houve um acúmulo de contêineres no país asiático. Só para se ter uma ideia, uma viagem de navio da China ao Brasil demora 40 dias.

Eu conversei nesta quarta-feira (12) com o especialista em Comércio Exterior e gestor operacional do Grupo Pinho, Pedro Flores de Souza, e ele me explicou que como existe uma quantidade limitada de contêineres em circulação, e como uma boa parte ficou retida nos portos chineses, algumas empresas tiveram dificuldade para importar ou exportar produtos e o preço do frete aumentou. Segundo o especialista, as perdas só não foram maiores, porque a produção e o consumo mundial se retraíram.

Menos contêineres e redução de rotas aéreas

O gestor do Grupo Pinho me contou que além da falta de contêineres, as rotas aéreas também diminuíram. Com isso, para regular os embarques, os fretes internacionais sofreram reajustes. Em algumas situações, o preço do frete aéreo para o exterior subiu 300%. No caso dos fretes marítimos, desde o início da pandemia a alta chega em média a 20%.

O Grupo paranaense Pinho tem 400 clientes ativos, entre os quais estão a Ambev e Volvo. Desde março, os negócios envolvendo a importação e exportação de produtos caíram 40% aqui no Paraná. Na avaliação do especialista em Comércio Exterior, isso é reflexo da redução de consumo de bens e mercadorias, devido ao isolamento social. Mas, uma reversão desse cenário já começa a ser sentido a partir de julho.

De acordo com Pedro Souza, as empresas estão se esforçando para manter suas atividades, com um quadro mínimo de funcionários e um volume de operações possível.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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