Distrito aponta as 10 startups brasileiras com mais potencial para se tornar unicórnio

Distrito aponta as 10 startups brasileiras com mais potencial para se tornar unicórnio

Levantamento também lista as Top 50 startups com condições de atingir valuation de US$ 1 bilhão

Apesar do complexo ambiente político-econômico global, as empresas de tecnologia continuam em busca de criar impacto na vida das pessoas e em diferentes mercados. Diante deste cenário, os unicórnios, figuras muito comuns em 2020 e 2021, voltaram a ser raridade. Mesmo assim, existem empresas construindo boas histórias que merecem ser contadas.

Quais startups podem se juntar ao clube de 23 unicórnios que o Brasil tem hoje? O Corrida dos Unicórnios, levantamento feito anualmente, desde 2019, pela plataforma de inovação Distrito, listou as 10 empresas com mais potencial para, em algum momento, atingir uma avaliação de mercado de pelo menos US$ 1 bilhão. O estudo também elencou as Top 50 que reúnem condições de chegar a essa marca.

Aqui, as 10 startups que o Distrito acredita que serão as primeiras a atingir o status de unicórnio: Alura, Cerc, Cora, Evino, Flash, Omie, Órigo Energia, PetLove, Pismo e Solfácil.

Com liderança absoluta das fintechs, que já é o setor com mais unicórnios no Brasil, as dez apostas que lideram a Corrida receberam ao todo pouco mais de US$ 1,4 bilhão em 38 rodadas. Em meio a uma queda nos investimentos em startups, o Distrito aponta que é pouco provável nascerem novos unicórnios no Brasil em 2023. O volume de investimentos caiu de US$ 9,8 bilhões em 2021 para US$ 4,46 bilhões em 2022. Com isso, no ano passado apenas duas empresas atingiram a marca de unicórnio, as fintechs Neon e Dock, enquanto que em 2021 foram 10.

“O momento é complexo para todas as empresas de tecnologia no mundo e, no Brasil, não é diferente. Além da restrição de capital, a seletividade dos investidores ficou radicalmente maior. Assim, ao longo deste ciclo de ajuste, a probabilidade de surgirem novos unicórnios é baixa. No entanto, continuamos acreditando que o empreendedorismo, tecnologia e inovação serão os principais pilares de desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira e, portanto, em algum momento o fluxo de investimento irá retornar com força e os novos unicórnios voltarão a surgir. Importante ressaltar que ser um unicórnio é o reconhecimento por um trabalho incrível de criação de um novo negócio, e não uma meta de vaidade,” explica Gustavo Gierun (foto acima), CEO e cofundador do Distrito.

Das 10 candidatas a unicórnio, oito foram fundadas a partir de 2013. Esse é um dado importante. No ano passado, o levantamento do Distrito apresentou o tempo médio que os unicórnios brasileiros levaram para atingir o status. Eles foram divididos em duas gerações principais. No caso da primeira geração, as startups demoraram em média 6,9 anos para se tornar unicórnio. Na segunda geração, o tempo médio foi de 7,7 anos.

“A lista deste ano traz empresas mais maduras e estruturadas, mas isso não quer dizer que o desafio é pequeno. Se olharmos para o tempo médio que as startups levaram para obter o título de unicórnio, as selecionadas estão bastante aderentes. É importante ressaltar que, para isso acontecer, é necessária uma melhora significativa do humor do mercado”, diz Gierun.

As Top 50

O Distrito elaborou uma lista mais completa com as Top 50 startups que estão em um mercado de alto potencial, possuem modelos de negócio claros e validados, já receberam um montante elevado de investimento e contam com potencial para crescer e obter novos aportes que elevem seu valuation até US$ 1 bilhão, ainda com capital fechado. Juntas, essas empresas receberam quase US$ 5 bilhões em investimento. Vale lembrar que nas Top 50 estão incluídas as 10 com maior potencial.

Novamente, as fintechs lideram a lista, com 34% das Top 50. Dos 23 unicórnios atuais do Brasil, 34,8% são do setor. Em seguida, vem healthtech. O Brasil, assim como o resto da América Latina, ainda não tem nenhum unicórnio do setor de saúde. A qualquer momento, uma dessas cinco empresas pode se tornar o primeiro unicórnio healthtech não só do Brasil, mas de toda a América Latina.

Para chegar a essas candidatas, o Distrito levou em consideração fatores como tempo de captação entre as rodadas e o valor do investimento recebido, além de condições macroeconômicas, indicadores setoriais e dados qualitativos.

Um pouco mais sobre as Top 10

Omie

  • Data do último funding: 03/08/2021
  • Valor do último funding: US$ 110.000.000,00 (houve uma extensão deste round sem valor divulgado)
  • Estágio atual: Série C
  • Direcionamento de recursos: captação de clientes, ampliação de canais de distribuição, evoluções no produto e ofertas de mais serviços financeiros às PMEs.
  • Principais Investidores: Astella, Bossanova e Riverwood Capital

Petlove

  • Data do último funding: 30/08/2021
  • Valor do último funding: US$ 145.914.000,00
  • Estágio atual: Série C
  • Direcionamento de recursos: Aprimorar programa de assinaturas e ampliação da malha logística
  • Principais Investidores: Monashees, L Catterton e Kaszek

Cora

  • Data do último funding: 19/08/2021
  • Valor do último funding: US$ 116.000.000,00
  • Estágio atual: Série B
  • Direcionamento de recursos: concessão de crédito e otimização da operação por meio de novas contratações
  • Principais Investidores: Ribbit Capital, Kaszek e Greenoaks

Solfácil

  • Data do último funding: 22/09/2022
  • Valor do último funding: US$ 130.000.000,00 (US$ 100 milhões iniciais + extensão de US$ 30 milhões)
  • Estágio atual: Série C
  • Direcionamento de recursos: acelerar a construção de seu ecossistema de energia solar por meio do marketplace, assim como na digitalização de todas as etapas do processo. Outro objetivo é desenvolver um software para monitorar o funcionamento dos sistemas de energia. Assim como o desenvolvimento de um seguro contra acidentes naturais e invalidez.
  • Principais Investidores: Valor Capital, QED Investors e SoftBank

Alura

  • Data do último deal: 18/08/2022
  • Valor do último deal: Não divulgado
  • Estágio atual: Fusão
  • Direcionamento de recursos: unindo seus negócios com a FIAP, seu direcionamento será expandir o seu crescimento em território nacional no mercado de educação e criar novos produtos.
  • Principais Investidores: Seek e Crescera

Evino

  • Data do último funding: 07/03/2022
  • Valor do último funding: US$ 127.202.000,00
  • Estágio atual: Série B
  • Direcionamento de recursos: Crescimento e consolidação de um portfólio de produtos diversos e complementares. Otimização dos canais de distribuição e tecnologia.
  • Principais Investidores: Vinci Partners e JCR Group

Flash

  • Data do último funding: 09/03/2022
  • Valor do último funding: US$ 100.000.000,00
  • Estágio atual: Série C
  • Direcionamento de recursos: desenvolvimento da plataforma integrada dedicada aos RHs, além da otimização da experiência do produto para os usuários e ampliação do time do time.
  • Principais Investidores: Tiger Global Management, Monashees, Global Founders e Citius

Cerc

  • Data do último funding: 06/10/2022
  • Valor do último funding: US$ 100.000.000,00
  • Estágio atual: Série C
  • Direcionamento de recursos: a CERC vai usar os recursos para se tornar um ‘one-stop shop’ de infraestrutura de mercado: além do que já faz (o registro de ativos), a CERC está pleiteando junto ao BC se tornar uma depositária e uma clearing – e eventualmente pretende se tornar um marketplace para duplicatas, recebíveis de cartão, recebíveis do agronegócio, títulos bancários e recebíveis imobiliários. A CERC também tem projetos embrionários para dados que ajudem seus clientes na concessão de crédito para empresas, bem como produtos baseados em blockchain (por exemplo, infraestrutura para tokenização de ativos).
  • Principais Investidores: Parallax Ventures e Valor Capital Group

Órigo Energia

  • Data do último funding: 27/01/2023
  • Valor do último funding: US$ 45.500.000,00
  • Estágio atual: Série D
  • Direcionamento de recursos: instalar fazendas solares em novos estados e ampliar a base de clientes
  • Principais Investidores: Augment Infrastructure

Pismo

  • Data do último funding: 19/10/2021
  • Valor do último funding: US$ 108.000.000,00
  • Estágio atual: Série B
  • Direcionamento de recursos: a empresa planeja expandir para além da América Latina, bem como “acelerar o desenvolvimento” de tecnologias para bancos, pagamentos e infraestrutura de mercados financeiros. A Pismo já tem clientes na Ásia e planeja abrir escritórios nos Estados Unidos (em Austin, Texas) e no Reino Unido (em Bristol).
  • Principais Investidores: SoftBank, Accel e Amazon

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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