Conheça a importância de registrar a marca da sua empresa

Conheça a importância de registrar a marca da sua empresa

A escrituração de patentes é imprescindível

O registro de propriedade intelectual é o que garante a exclusividade do uso de um nome ou de uma criação, ou seja, impede que terceiros reproduzam o termo em concorrência, combatendo quaisquer tipos de cópias e reproduções indevidas por meios legais. A ação é fundamental na consolidação de identidade e na preservação de elementos que tornam aquele produto popular.

No entanto, o Brasil registra casos de grandes patentes que foram discutidas nos tribunais devido ao uso – isso se relaciona com uma falta de conhecimento sobre o tema, como aponta a advogada especializada em gestão de marcas e CEO da Mark-Se, Carla Demétrio.

Carla Demétrio.

Para ela, a escrituração de patentes é imprescindível. “A marca é um bem intangível que agrega valor integralizado ao patrimônio líquido da empresa, o que cria uma proteção de recursos próprios e um investimento empresarial que pode trazer prejuízos à medida que não é administrado”, explica. É justamente nesse viés que diversas empresas colocam em vulnerabilidade a gestão do seu produto, por mais famoso que ele possa ser. A especialista também relembra cinco casos marcantes de marcas que perderam o direito de usufruir da patente criada:

1. Iphone no Brasil:

Quando se fala em Iphone, automaticamente pensamos no smartphone da maçã. No entanto, o direito de propriedade intelectual do nome no Brasil é da Gradiente. Ao tentar registrar o termo “iPhone” no Brasil, a Apple teve seu pedido negado, porque a concorrente já havia feito o registro anteriormente. Alguns anos depois, o Tribunal Federal do Rio de Janeiro decidiu retirar a exclusividade da registrante, já que a notoriedade internacional do nome iPhone já tinha sido alcançada pela oponente.

2. Sodiê:

No primeiro momento, a rede de confeitaria se chamava Sensações Doces. Este nome, no entanto, já era patenteado. Com riscos de perder todo o investimento, a empresária-fundadora Cleusa Maria adaptou seu negócio a uma nova identidade nominal e visual – estas que vieram se tornar populares e hoje é uma das mais conhecidas no mercado de gastronomia brasileira, somando hoje mais de duzentas lojas espalhadas no país.

3. Wise UP:

A rede de ensino bilíngue também não passou ilesa ao direito empresarial. O fundador da rede registrou o nome apenas na junta comercial, o que o obrigou a adaptar toda a estética e o material educativo, além de responder juridicamente pelo erro.

4. Brahma X Itaipava:

Duas das cervejarias mais conhecidas no país já enfrentaram um duelo nos tribunais pelo uso da embalagem da cerveja do Grupo Petrópolis, criadora da Itaipava. Segundo dados públicos, a AMBEV, dona da Brahma, recorreu à justiça com uma acusação de plágio da identidade visual devido às cores semelhantes que a rival vinha utilizando, alegando que isso confundia o consumidor no ato da compra. Como consequência, a Itaipava foi proibida de utilizar cores vermelhas e obrigada a retirar as latas de circulação nos mercados em até 30 dias.

5. Legião Urbana

A clássica banda de rock brasileiro enfrentou problemas com o nome da banda após a morte de Renato Russo. Os músicos Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos relataram dificuldades para a utilização da patente da banda até 2013, quando finalmente ganharam a posse da marca.

A empresária também revela que o desconhecimento sobre o tema é o grande impasse tido no segmento. Uma pesquisa recente revelou que uma média de 18 a 20 mil inventores não conseguem finalizar o processo de escrituração da criação devido a falta de conhecimento na área ainda pouco explorada.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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