Farmacêuticas nacionais investem mais em pesquisa e desenvolvimento do que a indústria geral

Farmacêuticas nacionais investem mais em pesquisa e desenvolvimento do que a indústria geral

A indústria farmacêutica e farmoquímica nacional é o setor com o maior percentual de empresas que realizaram investimentos em atividades de pesquisa e desenvolvimento em 2022. Dados da Pesquisa de Inovação Semestral – Pintec do IBGE mostram que na indústria farmacêutica e farmoquímica esse investimento atingiu 67% das empresas, contra 34,4% da indústria total.

Os dados mais recentes do levantamento, com base no ano de 2022, também apontam que 68,1% das empresas pertencentes às indústrias extrativas e de transformação inovaram em produtos ou processos de negócios. No setor farmoquímico e farmacêutico, esse percentual foi de 72,1%.

Para 2024, a estimativa é de que 81,5% das empresas das atividades de fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos planejam aumentar os investimentos em P&D, contra 50,8% da indústria total. Também de acordo com a pesquisa, o setor farmacêutico e farmoquímico investiu R$ 3,5 bilhões em atividades internas de pesquisa e desenvolvimento, o que representa 11,3% dos investimentos da indústria de transformação, que somaram R$ 30,8 bilhões.

Novos produtos

Outro dado que chama a atenção é o aumento para produtos novos no mercado nacional por parte das indústrias farmacêuticas e farmoquímicas, que saltou de 24,1% em 2021 para 36,5% em 2022, o que não se observa na indústria total, que teve uma retração e passou de 28,9% para 26,4% no mesmo período.

De acordo com Reginaldo Arcuri, presidente do Grupo FarmaBrasil (GFB), que reúne 12 indústrias farmacêuticas nacionais, os dados mostram que o setor está preparado para contribuir com o desenvolvimento econômico e industrial do país. “A indústria farmacêutica demonstra um comprometimento robusto com investimentos em pesquisa e desenvolvimento, porque sabemos que sem inovação não há crescimento. E somos peça-chave para alavancar a indústria nacional”, disse.

Arcuri ressalta que as empresas integrantes do GFB, juntas, respondem por 36% do mercado de varejo do Brasil, empregam cerca de 44 mil colaboradores e investem, em média, 6,1% do seu faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento (P&D), chegando a R$ 2,1 bilhões em 2022. Segundo ele, o programa Nova Indústria Brasil (NIB), anunciado pelo governo federal em janeiro de 2024, deve estimular ainda mais os investimentos da indústria farmacêutica nacional neste ano e nos próximos.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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