Análise de dados baseada em Open Finance já é realidade na tomada de decisão de grandes empresas

Análise de dados baseada em Open Finance já é realidade na tomada de decisão de grandes empresas

Desafios com público de baixa renda, profissionais autônomos, e inadimplentes ainda são grandes

Até fevereiro de 2024, foram registrados quase 43 milhões de pessoas no Brasil que compartilharam seus dados financeiros por meio do Open Finance, segundo dados do Banco Central e do Open Finance Brasil. Apesar de não ser um número tão expressivo quando comparado à população adulta do país, hoje com mais de 140 milhões de pessoas em idade ativa de acordo com o Censo Demográfico de 2022 do IBGE, os dados consentidos têm gerado impacto para grandes empresas que visam melhorar suas ofertas e serviços, tornando-os cada vez mais personalizados com as necessidades de cada indivíduo.

É o que contam os heads de crédito e novos negócios da Simplic, Vivo Money e banco BV, parceiros da klavi – empresa de inteligência de dados que utiliza principalmente dados do Open Finance e Open Data para suas soluções, durante o klavi Day, evento realizado no Coco Bambu JK, em São Paulo. Para as três empresas, a análise de crédito é a principal utilidade dos dados gerados pela inteligência disponibilizada pela klavi.

“Nós conseguimos analisar que o comportamento do cliente no telecom, por exemplo, geralmente é semelhante ao comportamento dele com relação às finanças, ele paga as contas em dia, tem uma consistência na sua rotina financeira, o que nos mostra uma maior oportunidade de negociação e ofertas”, conta Daniel Varella, head de novos negócios da Vivo Money.

Thaine de Souza, head de crédito da Simplic, comenta que o uso do Open Finance tem representado grande parte da tomada de decisão para aprovação de crédito para o público de baixa renda. “Nós fazemos testes A-B para saber o que vai funcionar com o nosso público, considerando um caminho com e outro sem os dados de Open Finance; tratando de rendas mais baixas, existem informações muito mais valiosas disponibilizadas pelo sistema para fazermos essa análise do que apenas o dado de uma negativação, por exemplo”, ressalta.

No caso do banco BV, o head de crédito Henrique Seije explica, nessa mesma linha, que não existe um único dado isolado que possa ser destacado entre toda a potencialidade das informações geradas pelo Open Finance, mas sim o conjunto e o cruzamento de cada número. “A captura de uma informação por si só não é garantia de sucesso, é preciso saber interpretar e dar uma utilidade àquela informação que vá gerar impacto, pois o Open Finance tem o poder de transformar as finanças e as oportunidades das pessoas”, comenta.

O cruzamento de informações permite, inclusive, um novo olhar para pessoas inadimplentes e profissionais autônomos. Isso porque o histórico de cada indivíduo torna-se muito mais relevante do que uma conta atrasada que gerou a inadimplência ou de uma conta PJ aberta recentemente. “Quando trabalhamos com a análise de renda verificada e renda estimada, novo produto que lançamos na klavi e já com cases de sucesso no mercado com o banco BV, por exemplo, conseguimos identificar a informação mais real possível sobre a renda de cada pessoa, dessa forma, pelo histórico, proporcionamos uma fonte de informações por meio do Open Finance que consegue gerar mais segurança para as empresas na hora de aprovar um crédito, independentemente da negativação”, afirma Bruno Chan, CEO da klavi.

O lançamento da Renda Verificada e Renda Estimada já proporcionou ao BV melhoria na mensuração do limite de crédito do cliente, proporcionando um aumento médio de 30% nos limites pré-aprovados e permitiu impactar o dobro da quantidade de clientes com os dados do Open Finance.

“Dessa forma, a partir dos dados comprobatórios sobre os impactos positivos do compartilhamento de dados, é fundamental criar estratégias para diminuir a fricção de consentimento do Open Finance, pois é um caminho transformador, tanto para pessoas físicas, quanto para CNPJ’s e financeiras”, ressalta Chan. O CEO ainda reitera que ao gerar o reconhecimento por parte do público sobre o valor do Open Finance e seus benefícios, mais pessoas e empresas estarão engajadas em prol de melhores oportunidades de crédito e financiamento, com menos risco.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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