Empresas com cadeia de suprimentos de última geração são 23% mais lucrativas

Empresas com cadeia de suprimentos de última geração são 23% mais lucrativas

Gestores investem cada vez mais em tecnologia

Uma nova pesquisa da Accenture (NYSE: ACN) descobriu que empresas com as cadeias de suprimentos maduras são 23% mais lucrativas. Elas também têm seis vezes mais probabilidade de usar Inteligência Artificial (IA) e IA generativa amplamente em seus processos logísticos.

Para o relatório, “Next stop, next-gen“, a Accenture analisou 1.148 empresas, de 10 setores, em 15 países. Ele define a maturidade de supply chain como uma extensão da capacidade das companhias para utilizar IA generativa, machine learning e outras tecnologias em evolução, para tomadas de decisão autônomas, simulações avançadas e melhoria contínua. Essas competências permitem que as corporações se adaptem mais rapidamente às mudanças conforme elas acontecem, além de poderem adotar perfeitamente outras novas tecnologias que estão surgindo.

O relatório mostra que as ‘Líderes’, ou seja, 10% das empresas com maior pontuação na escala de maturidade, alcançaram margens 23% superiores do que suas concorrentes (11,8% versus 9,6%) entre 2019 e 2023. Ao mesmo tempo, elas entregaram retornos 15% melhores aos acionistas (8,5% versus 7,4%).

“Os gestores estão investindo grandemente em tecnologias cada vez mais sofisticadas, especialmente IA e IA generativa, para construir a próxima geração de habilidades para processos de fornecimento”, disse Flávio Barreiros, líder de Suppy Chain & Operations para a América Latina na Accenture. “Essas aptidões são essenciais para reinventar as redes logísticas para eficiência, agilidade, sustentabilidade e resiliência. Elas permitem às lideranças irem além dos direcionamentos tradicionais que consistem em custo, qualidade e entrega, o que está causando vulnerabilidades e ineficiências hoje e no futuro. Isto é realidade em todo mundo, e também no Brasil: o momento é de transformação e para isso é imperativo soluções em escala, ir além dos pilotos”, afirma.

Enquanto apenas 9% de todas as empresas usam IA e IA generativa amplamente em suas cadeias de suprimentos, mais líderes já o fazem: 37% em comparação com apenas 6% de seus concorrentes. Eles também esperam ver benefícios significativos. Os gestores têm oito vezes mais probabilidade de reduzir o tempo necessário para desenvolver e lançar novos produtos em 30%, 8,5 vezes mais possibilidades de desenvolver produtos ecologicamente corretos, e 6 vezes mais viabilidade de melhorar a eficiência dos recursos de engenharia em 30%.

No entanto, o quadro geral apresentado pelo relatório é alarmante. Embora a pontuação média de maturidade da cadeia de suprimentos tenha aumentado mais de 50% entre 2019 e 2023, a pontuação média em todas as empresas permanece baixa: apenas 36%. Ela varia entre setores e países — de 22% no México a 52% no Japão, e de 31% para empresas de bens de consumo a 40% para empresas aeroespaciais e de defesa.

“Se compararmos a maturidade das cadeias de suprimentos com a evolução da navegação, desde o uso de mapas rudimentares até a condução de veículos semiautônomos, muitas ainda estão utilizando ferramentas de tecnologia em desenvolvimento, semelhantes ao uso de GPS básico em comparação com sistemas mais avançados. As cadeias de suprimentos ainda estão em processo de desenvolvimento, apesar de já terem evoluído significativamente com tecnologias como inteligência artificial e automação, em que operam de forma quase independente e adaptativa. Os recursos atuais existentes, como design generativo para desenvolver produtos, instalações altamente automatizadas para produzi-los e análises avançadas e machine learning para reprojetar a demanda e prever obstáculos de fornecimento estão apenas no começo. O potencial de reinvenção à frente é enorme”, completa Barreiros.

De acordo com o relatório, essas são as capacidades da cadeia de suprimentos que as empresas precisam para serem competitivas no contexto econômico atual. Elas não operam mais em um momento de crescimento econômico estável e globalização sem atrito. Isso significa que as antigas alavancas, como sourcing global de baixo custo e fábricas especializadas em locais de baixo custo, não são mais suficientes.

Barreiros acrescenta: “reinventar as cadeias de suprimentos requer a capacidade de, por exemplo, monitorar fornecedores até quartos e quintos níveis em tempo quase real para antecipar riscos, alterar a produção em curto prazo e simular todo o ciclo de vida de um produto. Para isso, definir bem os dados necessários, conseguir conectá-los de maneira rápida e implementar tecnologias avançadas como o Digital TwinsMachine Learning, Otimizadores para reduzir o time to insight farão faz toda a diferença”.

“Ainda é o momento em que alta maturidade digital da cadeia de valor é fonte de vantagem competitiva para os negócios, habilitando velocidade, resiliência e mais eficiência. Não obstante, essa janela está se fechando. Empresas com pontuações de maturidade da cadeia de suprimentos de 25% ou menos — quase uma em cada três empresas — devem agir rápido para se atualizar. Caso contrário, há um risco real de que elas não sobrevivam no novo contexto econômico, competitivo e industrial”, conclui Barreiros.

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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