Senai Paraná e Fundação Grupo Boticário fecham parceria para desenvolver soluções sustentáveis para a cadeia da banana

Senai Paraná e Fundação Grupo Boticário fecham parceria para desenvolver soluções sustentáveis para a cadeia da banana

O objetivo do projeto é desenvolver biofertilizantes orgânicos a partir dos resíduos da fruta

Em uma parceria inovadora, o Instituto Senai de Tecnologia em Meio Ambiente e Química (IST-MQ), o Observatório Sistema FIEP, a Fundação Grupo O Boticário, a Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia (AOPA) e Locavorista se uniram para desenvolver soluções tecnológicas e mercadológicas visando enfrentar os desafios da cadeia produtiva da banana no litoral do Paraná, região inserida na Grande Reserva Mata Atlântica.

Para isso, o projeto recebeu o apoio financeiro da FINEP e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações – MCTI por meio de recursos originados do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e será executado em 5 dos 7 municípios que compõem o litoral paranaense, mais especificamente Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá.

De acordo com João Luiz Andreotti Dagostin, analista de PDI do IST, o cultivo convencional associado à larga utilização de defensivos, uso de fertilizantes químicos e outros fatores de produção preocupam pelo considerável impacto ambiental nas Áreas de Preservação Ambiental (APAs). “É imprescindível que haja uma transformação local por meio de intervenções sustentáveis nas atividades dos produtores rurais, com aumento das perspectivas de rentabilidade pela atividade”, afirma.

Segundo o profissional, a bananicultura é uma das principais atividades agrícolas da região e por ser um fruto climatérico (aquele que inicia o processo de amadurecimento após a colheita e que é de rápida maturação), deve existir um rigoroso controle relacionado ao escoamento ou estocagem da banana.

Considerando isso, o produtor deve estar apto a destinar rapidamente sua colheita aos centros de beneficiamento ou estocar o produto em câmara fria para aumentar o tempo de espera antes do transporte.

Alternativas sustentáveis

O principal objetivo do projeto é transformar a produção de banana por meio da criação de biofertilizantes a partir dos resíduos da fruta, contribuindo para uma economia circular e mais sustentável. O biofertilizante é um adubo orgânico líquido que contém organismos e micro e macronutrientes que melhoram a saúde das plantas, deixando-as mais resistentes ao ataque de pragas e doenças.

“A produção de biofertilizantes se torna uma alternativa sustentável pois permite a reciclagem de resíduos que por muitas vezes não são descartados adequadamente e promovem a proliferação de vetores de doenças, causando maus odores e entre outros problemas”, afirma.

Além disso, serão desenvolvidos protocolos de produção, armazenamento e uso do biofertilizante, capacitando produtores para sua aplicação eficaz. A iniciativa visa também criar produtos de biomassa de banana verde, ampliando o leque de produtos derivados e aumentando a rentabilidade dos produtores.

“A geração de biomassa diminui problemas relacionados ao volume de frete, aumenta a vida útil do alimento e agrega valor econômico. É um produto com apelo nutricional e que não incorpora aditivos artificiais em sua composição, alinhando-se às premissas da cadeia agroecológica”, explica João.

Outro aspecto importante do projeto é a implementação de soluções digitais para mapear e promover a cadeia produtiva da banana. Isso inclui o desenvolvimento de uma plataforma digital que conecte produtores, produtos e conhecimento, facilitando a comercialização e o acesso a mercados.

Esta abordagem tecnológica não apenas moderniza a produção, mas também gera empregos de alto valor agregado, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.

Preservação dos ecossistemas locais

O impacto ambiental positivo é uma prioridade, considerando que a região do litoral paranaense é rica em Áreas de Preservação Ambiental (APAs) e está localizada na Grande Reserva Mata Atlântica. A migração de sistemas convencionais para agroecológicos, a redução do uso de defensivos químicos e a implementação de práticas sustentáveis são estratégias essenciais para a conservação dos ecossistemas locais. Além disso, a produção de biofertilizantes a partir de resíduos agrícolas não só recicla recursos valiosos, mas também melhora a saúde do solo e das plantas, aumentando a produtividade agrícola de maneira sustentável.

Com o objetivo de capacitar as comunidades locais, o projeto inclui ações de formação e assistência técnica, garantindo que os produtores rurais estejam preparados para adotar as novas tecnologias e práticas sustentáveis. Esta capacitação é fundamental para a continuidade e sucesso do projeto, promovendo uma agricultura mais responsável e eficiente, que respeita o meio ambiente e contribui para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores e suas famílias.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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