Setor de sorvetes sente falta de mão de obra

Setor de sorvetes sente falta de mão de obra

Segundo a Abrasorvete, 73,7% dos empresários precisam contratar para áreas que vão da logística ao atendimento e chão de fábrica

Ao contrário do que possa parecer, há sim vagas de emprego no Brasil, e muitas. É o que mostra a sondagem realizada nesta semana pela Abrasorvete (Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis), mostrando pela primeira vez uma radiografia nacional do mercado de sorvetes para o planejamento do período de alta temporada.O levantamento apontou que 73,7% dos empresários do setor não estão com seu quadro de funcionários completo e seguem batalhando para preencher esses cargos.

As vagas se localizam sobretudo nos setores de produção de sorvetes (76,3%), atendimento e varejo (47,4%) e logística (44,7%). A sondagem ouviu 76 empresários de micro, pequenas, médias e grandes empresas do setor de sorvete de todo o Brasil, sendo 19,7%, 51,3%, 15,7% e 13,2%, respectivamente, os segmentos dos participantes da pesquisa. “Nosso setor enfrenta um momento crítico. Vemos muitos casos de colaboradores buscando trabalhos informais para não perder benefícios sociais, outros buscando cargos home-office ou que não seja necessário trabalhar aos finais de semana, o que é fundamental no nosso segmento”, explica Martin Eckhardt, presidente da Abrasorvete.

Dentre esses setores com escassez de mão de obra, os que mais impactam hoje as atividades dos empresários sorveteiros são a produção, responsável por 71,1% desse impacto, além do atendimento ao público, responsável por 32,9% do indicativo. Em relação ao total de colaboradores, 40% dos empresários indicam uma defasagem de 20% na mão de obra atual.

Com o setor aquecido e a demanda em franca expansão desde o último ano, 35,5% dos sorveteiros pretendem ampliar o time em 20%, e 26,3% dos respondentes, aumentar em 30% a equipe. “Temos muitas vagas em todo o Brasil, é um momento desafiador mas ao mesmo tempo importante para que possamos destacar a relevância do setor de sorvetes para a economia brasileira. A geração de empregos, a produção de alimentos e a promoção do lazer são apenas alguns dos benefícios que o nosso setor proporciona. Contamos com o apoio de todos para superarmos esse desafio e continuarmos levando alegria e sabor aos brasileiros”, finaliza o presidente da entidade.

Diante desse cenário desafiador, a Abrasorvete está trabalhando em diversas frentes para enfrentar a crise de mão de obra. A associação está promovendo parcerias com escolas e universidades para incentivar a formação de novos talentos e divulgar as oportunidades de carreira no setor. Ela atua também em conjunto com os órgãos governamentais para buscar soluções aos desafios enfrentados pelas empresas do setor, como a alta tributação. A visão da Abrasorvete é construir um setor de sorvetes mais forte e sustentável, capaz de oferecer oportunidades de emprego e renda para a população e de atender à crescente demanda dos consumidores por produtos de qualidade.

Crédito da foto: freepic.diller/Freepik

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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