Natura anuncia que será um negócio regenerativo até 2050

Natura anuncia que será um negócio regenerativo até 2050
Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade da Natura.

Modelo de negócio buscará, ao longo dos próximos 25 anos, gerar impacto positivo de forma sistêmica para pessoas, natureza e sociedade

A Natura revisitou sua Visão 2050, lançada há dez anos, para responder aos crescentes desafios globais e assumir metas mais ambiciosas para promover a regeneração climática, social e ambiental por meio de seu modelo de negócios. O anúncio, realizado em novembro durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024, a COP29, no Azerbaijão, reforça a ambição da Natura de se tornar, até 2050, uma empresa fundamentalmente regenerativa, gerando impactos sistêmicos positivos para pessoas, natureza e sociedade.

Na prática, as operações da Natura irão além de mitigar e compensar impactos negativos em todas as frentes de atuação. O modelo de negócio buscará, ao longo dos próximos 25 anos, gerar impacto positivo em todos os capitais considerados para a mensuração de resultados pela metodologia Integrated Profit and Loss (IP&L), para além do Capital Produzido (como receita e lucro): Capital Natural (como natureza, clima e alimentos), Capital Social (como bem-estar e infraestrutura) e Capital Humano (como educação, saúde e força de trabalho). Segundo o IP&L, em 2023, para cada R$1 de receita, os negócios da empresa, incluindo operações integradas com a Avon América Latina, geraram R$2,7 de impacto socioambiental positivo.

“O cenário atual da Natura é um saldo positivo entre os capitais, em que o impacto negativo no Capital Natural é compensado pelo impacto positivo nos capitais Social e Humano. Mas nosso negócio será verdadeiramente regenerativo quando o impacto for positivo em cada um dos capitais, individualmente. Assim, poderemos dizer que, de forma mensurável, o Bem Estar Bem está em tudo o que fazemos. O IP&L é a metodologia que vai nos ajudar a medir esse progresso e entender onde precisamos avançar”, explica Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade, Jurídico e Reputação Corporativa da Natura.

Entre as atividades da companhia, já existem processos que fortalecem sistemicamente os quatro capitais. Um deles é a parceria com comunidades agroextrativistas na Amazônia. A obtenção de renda com a venda de ingredientes nativos está sendo ampliada com a criação de fábricas de extração de óleos e manteigas nas próprias comunidades, descentralizando os processos e a produção de valor. O SAF Dendê, primeiro sistema agroflorestal para cultivo sustentável de palma no mundo, é outro exemplo. Estabelecido no Pará há 15 anos, o projeto conta hoje com 182 hectares e a meta é atingir 40 mil hectares até 2035 para garantir o abastecimento sustentável desse insumo para as operações da empresa.

O conceito de regeneração também se materializa nos produtos. A Natura lançou, no final do ano passado, o Natura Ekos Hidratante Concentrado de Castanha, que tem uma apresentação inédita. Ao misturar o frasco de 30 ml do concentrado com água potável em casa, o consumidor obtém na hora um poderoso hidratante corporal de 250 ml. A embalagem refilável é reutilizável, e o concentrado apresenta uma redução de 81% no uso de material plástico em relação ao refil convencional.

A lógica de regeneração se estende ainda a outros projetos desenvolvidos nos últimos anos em que o valor que provém de cada ponto da rede é ampliado e redistribuído, como o ecossistema de serviços financeiros e de microcrédito Emana Pay, a plataforma de serviços de beleza e bem-estar Bluma e a rede de educação do Instituto Natura. A proposta agora é que todos os processos da companhia sigam essa mesma lógica.

“Queremos que a regeneração oriente nossa forma de inovar e esteja presente em todas as dimensões da Natura. Não adianta um negócio tirar de um lado para mitigar do outro, sem atuar para eliminar a causa da geração de impacto negativo. É nesse contexto que estamos acompanhando o despertar desse outro conceito, o de regeneração, e convidamos outras empresas a se unirem a nós nesse movimento”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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