Ainda vale a pena ser motorista de aplicativo?

Ainda vale a pena ser motorista de aplicativo?

Levantamento de startup revela ganhos em diversas capitais

Com o início de 2025, muitas pessoas estão em busca de formas alternativas de aumentar sua renda e a atividade de motorista de aplicativo surge como uma opção viável, atraente pela flexibilidade de horários e a possibilidade de ganhos significativos. Um levantamento do GigU, anteriormente conhecido como StopClub, revela dados interessantes sobre os rendimentos destes trabalhadores em várias capitais brasileiras.

Em grandes cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, há a possibilidade de alcançar um faturamento anual considerável e no Rio de Janeiro, por exemplo, o faturamento é, em média, de R$ 86,4 mil por ano para quem trabalha cerca de 54 horas semanais. Após o desconto de custos operacionais — dos quais R$ 24,6 mil são gastos apenas com combustível — o lucro líquido anual fica em torno de R$ 39,6 mil.

Já em SP, o cenário é ainda mais vantajoso com um faturamento anual médio que chega a R$ 102,8 mil para um trabalho de 60 horas semanais. Mesmo com os custos mais altos, o lucro líquido chega a R$ 51 mil por ano. Em outras capitais como Brasília, Belo Horizonte e Porto Alegre, os números também são positivos, mas variam de acordo com as particularidades de cada cidade. Na primeira, os a média é de R$ 6,4 mil mensais, com um lucro líquido de R$ 2,4 mil mensais e R$ 29 mil anuais. A carga de trabalho gira em torno de 50 horas semanais, o que é considerado um equilíbrio entre tempo de dedicação e retorno financeiro.

Em BH, os trabalhadores alcançam cerca de R$ 7,7 mil por mês, com um lucro líquido de R$ 3,5 mil mensais. Já em Porto Alegre, a média de faturamento mensal é de R$ 7,3 mil, com um lucro líquido de R$ 3,1 mil mensais, ambos com despesas operacionais de cerca de R$ 4 mil mensais.

Os números indicam que a atividade de motorista de aplicativo, apesar de exigir um compromisso significativo de tempo, pode oferecer um bom retorno financeiro, especialmente em grandes centros urbanos. É importante também considerar os custos operacionais envolvidos, como combustível e manutenção do veículo, que representam uma parte importante dos ganhos, especialmente em cidades com maior custo de vida e maior intensidade de trabalho.

“Nosso levantamento revela que esses trabalhadores têm a possibilidade de ganhar bem, mas também enfrentam altos custos operacionais. A chave do sucesso está em como gerenciam o tempo e os custos. A flexibilidade de horários e a possibilidade de trabalhar mais ou menos horas, dependendo da demanda, são os principais atrativos dessa profissão. A nossa plataforma tem dado suporte para que os motoristas possam otimizar sua jornada, planejando suas horas de trabalho e maximizando seus ganhos”, afirma o CEO Luiz Gustavo Neves.

Para quem está pensando em ingressar nessa profissão, é necessário entender o equilíbrio entre os ganhos e os custos. Embora a atividade possa ser uma boa alternativa para quem busca aumentar a renda neste início de ano, os motoristas devem estar cientes de que, para obter lucros consistentes, será necessário um bom planejamento e uma gestão eficiente do tempo e das despesas operacionais. Com isso, a profissão pode ser uma excelente opção para aqueles que buscam flexibilidade e uma renda adicional.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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