Para onde vai e para que serve o dinheiro pago pelos contribuintes do IR?

Para onde vai e para que serve o dinheiro pago pelos contribuintes do IR?

A declaração do Imposto de Renda 2025, referente ao ano calendário 2024, deve ser enviada até às 23h59 do dia 30 de maio. Este período de organização das informações costuma ser atribulado, porque ainda tem o fato que, em alguns casos, o contribuinte precisa fazer o pagamento do imposto devido. Mas, afinal, para onde vai o dinheiro que o governo arrecada com o IR?

O Imposto Renda assume muitas formas. Não engloba apenas o valor que deve ser pago após o preenchimento da declaração, mas também o valor retido na fonte quando se recebe o salário, ou o imposto que se paga em algumas operações do mercado, como venda de imóveis, por exemplo.

Em relação à arrecadação, Luiza Lyra, advogada tributarista do CSA Advogados, explica que segundo o artigo 159 da Constituição Federal, o Imposto de Renda é um dos tributos sujeitos à repartição de receitas, isto é, cujos valores arrecadados são repartidos com os demais entes da federação. Assim, todo o valor pago de Imposto de Renda, embora recebido inicialmente pela Receita Federal, é dividido entre União, Estados e Municípios:

  • 50% para a União
  • 21,5% para os Estados
  • 25,5% para os Municípios
  • 3% para programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Luiza Lyra explica que os entes da federação não possuem, por força legal, destinação específica ao valor arrecadado a título de imposto de renda. “Porém, a ideia central da arrecadação é o custeio das atividades essenciais ao funcionamento da sociedade. Em dados divulgados pelo Ministério da Fazenda, há destinação específica à educação, saúde pública, segurança, inclusão social, incentivo ao esporte, meio ambiente, geração de empregos, dentre outras políticas públicas”, diz.

No Brasil, assim como a grande maioria dos países, os impostos representam a maior fonte de arrecadação do Governo. Os entes da federação não possuem, por força legal, destinação específica ao valor arrecadado a título de imposto de renda, mas a ideia central da arrecadação é o custeio das atividades essenciais ao funcionamento da sociedade.

O Ministério da Fazenda divulga dados sobre a destinação específica à educação, saúde pública, segurança, inclusão social, incentivo ao esporte, meio ambiente, geração de empregos, dentre outras políticas públicas. “Seu principal objetivo é justamente auxiliar na manutenção da máquina pública e das políticas sociais, por meio da determinação de alíquotas progressivas conforme os rendimentos, ou seja, aplicando-se a ideia de que quem ganha mais, paga mais – o chamado princípio da capacidade contributiva”, finaliza.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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