Regulamentação do mercado de apostas poderá gerar R$ 20 bilhões em impostos e 60 mil empregos

Setor de tecnologia será amplamente impactado, diz especialista em recrutamento de profissionais

O mercado de apostas está deixando de ser um nicho periférico para se tornar um dos setores mais dinâmicos da economia digital. Fortalecido pela regulamentação e pelo avanço tecnológico, o segmento já movimenta bilhões e cria oportunidades inéditas para profissionais de tecnologia.

“No Brasil, a legalização das apostas esportivas e online não só transformou como milhões interagem com o entretenimento, mas também desencadeou uma revolução no mercado de trabalho, incluindo o de tecnologia”, conta Frederico Sieck, CEO da Koud, startup de recrutamento de profissionais de tecnologia.

Segundo a Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL), a regulamentação do setor pode injetar cerca de R$ 20 bilhões em impostos e taxas, além de gerar aproximadamente 60 mil empregos diretos e indiretos. O efeito cascata vai além do financeiro: com regras claras e fiscalização ativa, empresas do ramo passaram a operar de maneira mais segura e confiável, atraindo investidores e ampliando a demanda por profissionais especializados.

Para Sieck, a digitalização do setor – que popularizou as plataformas de apostas – impulsionou principalmente a busca por talentos em diversas áreas tecnológicas. “Desenvolvedores de software se tornaram peças-chave na criação de plataformas seguras e escaláveis, enquanto especialistas em inteligência artificial e machine learning desenvolvem algoritmos para prever padrões de comportamento, combater fraudes e personalizar experiências de usuário”, explica.

A análise de dados também ganhou protagonismo. Estatísticos e cientistas de dados utilizam big data para definir odds e traçar tendências de apostas, enquanto especialistas em UX/UI garantem interfaces intuitivas e acessíveis. Em um ambiente onde a segurança é fundamental, profissionais de cibersegurança protegem plataformas contra ataques, vazamentos e fraudes digitais.

Além disso, o crescimento das transações digitais ampliou a necessidade de especialistas em blockchain e criptomoedas, que garantem pagamentos descentralizados e rastreáveis. E para atrair e fidelizar usuários, o marketing digital e os afiliados se tornaram peças estratégicas, criando campanhas personalizadas e aumentando o engajamento das plataformas.

“O impacto desse movimento na empregabilidade é enorme. O mercado de apostas passou de analógico para altamente tecnológico em pouquíssimo tempo. A demanda por inovação é enorme, e poucas empresas possuem expertise e capacidade técnica para desenvolver soluções à altura desse crescimento acelerado”, explica Frederico Sieck.

Assim, com essa explosão das operações no setor, a procura por talentos especializados disparou. “As plataformas regulamentadas seguem protocolos rigorosos, o que impulsionou a contratação de mão de obra qualificada. Isso aqueceu o mercado de tecnologia e ampliou as oportunidades para desenvolvedores, analistas de dados, especialistas em segurança digital e muitos outros profissionais”, ressalta Sieck.

E esse é só o começo, de acordo com o especialista. “O investimento contínuo em inovação e tecnologia no setor só tende a expandir essas oportunidades. O mercado de apostas, antes visto com desconfiança, agora está se consolidando como um dos setores mais promissores do Brasil. O investimento contínuo em inovação e tecnologia só tende a expandir e oportunidades de trabalho surgirão ainda mais”, finaliza.

A Koud, especializada no recrutamento de profissionais de tecnologia e desenvolvimento de softwares, prevê um crescimento contínuo para os próximos anos nesse mercado em ascensão. Nos últimos três anos, a empresa contratou mais de mil profissionais e viu seu faturamento saltar de R$ 60 mil em 2019 para impressionantes R$ 8 milhões em 2024.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.