7 passos para transformar a gestão tributária da empresa

7 passos para transformar a gestão tributária da empresa

Área fiscal deve ser encarada como parceira do negócio para que a empresa ganhe competitividade

Considerada um dos pilares da saúde financeira para qualquer empresa, a gestão tributária eficiente passa por um planejamento tributário estratégico e vai além do simples cumprimento das obrigações fiscais. Trata-se de uma ferramenta poderosa para ampliar a competitividade, a lucratividade e o crescimento sustentável dos negócios de uma companhia, independente do setor de atuação.

“No Brasil, país em que o sistema tributário é notoriamente complexo, negligenciar a gestão tributária pode gerar não apenas prejuízos financeiros, mas questões legais. Por isso, é fundamental que as empresas possam ter um norteador para transformar e otimizar sua gestão de tributos”, afirmam Márcia Abreu e Silvinei Toffanin, sócios da Direto Group – empresa de wealth management com quase 30 anos de mercado.

De acordo com os especialistas, para iniciar um processo de aperfeiçoamento, o indicado é fazer um ‘Mapeamento da Situação Atual’ da empresa a fim de entender, com clareza, o cenário tributário atual da empresa. “É essencial entender quais impostos estão sendo pagos, quais os regimes tributários utilizados, se existe passivo fiscal, processos em andamento com o fisco, etc”, analisam.

Feito todo esse estudo, identificados erros, oportunidades e pontos de atenção, torna-se possível conduzir um diagnóstico tributário e passar para o segundo passo, que é a escolha do regime tributário mais adequado. Neste caso, Abreu e Toffanin indicam a análise criteriosa do faturamento anual, da margem de lucro, setor de atuação da empresa e volume das despesas operacionais. Com base nessas informações é que se determina a escolha entre o Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real. A dupla ressalta, no entanto, que a decisão errada pode resultar em pagamento excessivo de tributos ou em autuações fiscais. Por isso, a revisão periódica do regime é recomendada, especialmente em momentos de crescimento ou mudança de estratégia.

O terceiro passo nesse processo vem com a Automatização dos Processos Fiscais. Segundo os diretores da Direto Group, adotar soluções tecnológicas para automatizar a escrituração fiscal, a emissão de notas fiscais e a apuração de tributos reduz significativamente erros manuais e aumenta a produtividade. “O uso de softwares de gestão tributária integrados aos ERP da empresa podem gerar relatórios em tempo real, facilitando o controle e o cumprimento das obrigações acessórias”, indica Silvinei Toffanin.

O quarto passo, na visão de Márcia Abreu, vem com a necessidade de Capacitação Contínua da Equipe. Isso, porque a legislação tributária brasileira muda com frequência. “Manter a equipe atualizada é vital para garantir conformidade e identificar oportunidades de economia tributária. Dessa forma, indicamos que as empresas invistam em treinamentos periódicos, participação em seminários e acesso a publicações especializadas. Afinal, ter uma equipe fiscal bem informada é um diferencial competitivo”, avalia.

Como quinta medida indicada pelos sócios da Direto Group aparece o Planejamento Tributário Estratégico, cujo objetivo é estruturar a empresa de forma a pagar menos impostos, seguindo as medidas legais e éticas. Durante o desenvolvimento desse plano, pode haver a necessidade de promover mudanças importantes, caso de possíveis reestruturações societárias, uso de benefícios fiscais e incentivos regionais, gestão de créditos tributários e aproveitamento de regimes especiais. “Vale ressaltar que esse planejamento deve estar alinhado ao plano de negócios e ser revisado com frequência para acompanhar a evolução do mercado e da legislação”, explica Toffanin.

O sexto e penúltimo passo do processo vem com a formatação de um programa de Compliance Fiscal e de Prevenção de Riscos, que vão ajudar a empresa a evitar autuações, multas e danos à reputação. Isso inclui, segundo Márcia Abreu e Silvinei Toffanin, a implementação de controles internos, a revisão constante das obrigações acessórias, o acompanhamento de fiscalizações e intimações e a política de relacionamento ético com o Fisco. “Esse é um passo extremamente importante, visto que empresas que investem em compliance fiscal passam mais segurança para investidores, bancos e parceiros”, destacam.

Para finalizar, os especialistas da Direto Group orientam para o constante Monitoramento de Oportunidades e Jurisprudência, uma vez que a jurisprudência tributária muda com frequência. Ao realizar esse acompanhamento, as empresas podem abrir espaço para a recuperação de tributos pagos indevidamente, para teses tributárias vantajosas e para a redução de litígios futuros.

“Transformar a gestão tributária não é um processo pontual, mas uma jornada contínua de aperfeiçoamento. Trata-se de uma atividade, que exige visão estratégica, investimento em tecnologia, capacitação da equipe e atuação preventiva. Empreendedores que tratam os tributos como parte integrante da estratégia empresarial estão mais preparados para crescer de forma sólida e sustentável”, finalizam Márcia Abreu e Silvinei Toffanin, sócios da Direto Group.

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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