Sua empresa está preparada para as novas tendências e fiscalizações?

Sua empresa está preparada para as novas tendências e fiscalizações?

Empresários precisam compreender as mudanças para se manterem competitivos

Os avanços tecnológicos que, até pouco tempo atrás, pareciam ficção científica, já fazem parte da nossa realidade. Carros autônomos já começam a circular em algumas cidades, e a comunicação entre empresas e clientes ocorre de forma cada vez mais digitalizada. Nesse cenário, as relações trabalhistas não ficam de fora das inovações. Hoje, a Justiça do Trabalho experimenta um salto sem precedentes em sua estrutura, incorporando novas ferramentas de inteligência artificial e sistemas de triagem automatizada de processos. Para empresários que desejam se manter competitivos, é crucial compreender como essas mudanças afetam rotinas de contratação, gestão de pessoas e até mesmo a forma de encarar futuras fiscalizações.

A advogada trabalhista patronal Juliana Stacechen explica que essa transformação tecnológica não se limita ao campo processual. Há movimentos de regulamentação em tramitação para definir como a inteligência artificial pode auxiliar juízes e auditores na análise de casos, inclusive com identificação de possíveis fraudes. “O empresário precisa ficar atento à forma como contrata e gerencia seus colaboradores, pois a fiscalização automatizada tende a se tornar mais rigorosa e detalhista”, alerta Juliana. Segundo ela, informações de folhas de pagamento, cumprimento de acordos coletivos e registros de horas estarão ainda mais expostos ao escrutínio digital.

Normas trabalhistas

Outro ponto de atenção são as novas normas trabalhistas que, com a ajuda das tecnologias, podem ser aplicadas de maneira mais eficiente. Há um esforço conjunto do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e de órgãos de fiscalização para acelerar a tramitação dos processos. Se antes uma reclamação trabalhista podia levar anos para chegar a uma sentença, a tendência é que os julgamentos sejam agilizados. “Mesmo parecendo algo positivo para todos, esse avanço exige que as empresas reforcem boas práticas de compliance”, enfatiza Juliana.

Políticas internas claras, treinamentos e auditorias constantes podem ser a diferença entre evitar autuações ou encarar passivos inesperados.

O impacto das inovações também está ligado à maior transparência nos processos judiciais. Muitas audiências agora acontecem de forma virtual, o que amplia o acesso à Justiça e coloca em xeque práticas que anteriormente passavam despercebidas. Juliana destaca que, nesse contexto, a assessoria jurídica especializada em Direito do Trabalho Patronal se torna ainda mais importante. “Ter uma equipe preparada para antecipar riscos e orientar ações estratégicas garante que o empresário não seja pego de surpresa”, diz a advogada.

Em síntese, a Justiça do Trabalho em 2025 promete mais velocidade e precisão em sua atuação, mas também cobra maior cuidado das empresas. Contratos, folha de pagamento, benefícios e políticas internas precisam estar em dia, pois a tecnologia tende a revelar inconsistências de maneira ágil. Para os gestores, a mensagem é clara: preparar-se agora é a melhor forma de evitar surpresas desagradáveis no futuro.

 

 

 

Mirian Gasparin

Mirian Gasparin, natural de Curitiba, é formada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná e pós-graduada em Finanças Corporativas pela Universidade Federal do Paraná. Profissional com experiência de 50 anos na área de jornalismo, sendo 48 somente na área econômica, com trabalhos pela Rádio Cultura de Curitiba, Jornal Indústria & Comércio e Jornal Gazeta do Povo. Também foi assessora de imprensa das Secretarias de Estado da Fazenda, da Indústria, Comércio e Desenvolvimento Econômico e da Comunicação Social. Desde abril de 2006 é colunista de Negócios da Rádio BandNews Curitiba e escreveu para a revista Soluções do Sebrae/PR. Também é professora titular nos cursos de Jornalismo e Ciências Contábeis da Universidade Tuiuti do Paraná. Ministra cursos para empresários e executivos de empresas paranaenses, de São Paulo e Rio de Janeiro sobre Comunicação e Língua Portuguesa e faz palestras sobre Investimentos. Em julho de 2007 veio um novo desafio profissional, com o blog de Economia no Portal Jornale. Em abril de 2013 passou a ter um blog de Economia no portal Jornal e Notícias. E a partir de maio de 2014, quando completou 40 anos de jornalismo, lançou seu blog independente. Nestes 16 anos de blog, mais de 35 mil matérias foram postadas. Ao longo de sua carreira recebeu 20 prêmios, com destaque para o VII Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º e 3º lugar na categoria webjornalismo em 2023); Prêmio Fecomércio de Jornalismo (1º lugar Internet em 2017 e 2016);Prêmio Sistema Fiep de Jornalismo (1º lugar Internet – 2014 e 3º lugar Internet – 2015); Melhor Jornalista de Economia do Paraná concedido pelo Conselho Regional de Economia do Paraná (agosto de 2010); Prêmio Associação Comercial do Paraná de Jornalismo de Economia (outubro de 2010), Destaque do Jornalismo Econômico do Paraná -Shopping Novo Batel (março de 2011). Em dezembro de 2009 ganhou o prêmio Destaque em Radiodifusão nos Melhores do Ano do jornal Diário Popular. Demais prêmios: Prêmio Ceag de Jornalismo, Centro de Apoio à Pequena e Média Empresa do Paraná, atual Sebrae (1987), Prêmio Cidade de Curitiba na categoria Jornalismo Econômico da Câmara Municipal de Curitiba (1990), Prêmio Qualidade Paraná, da International, Exporters Services (1991), Prêmio Abril de Jornalismo, Editora Abril (1992), Prêmio destaque de Jornalismo Econômico, Fiat Allis (1993), Prêmio Mercosul e o Paraná, Federação das Indústrias do Estado do Paraná (1995), As mulheres pioneiras no jornalismo do Paraná, Conselho Estadual da Mulher do Paraná (1996), Mulher de Destaque, Câmara Municipal de Curitiba (1999), Reconhecimento profissional, Sindicato dos Engenheiros do Estado do Paraná (2005), Reconhecimento profissional, Rotary Club de Curitiba Gralha Azul (2005). Faz parte da publicação “Jornalistas Brasileiros – Quem é quem no Jornalismo de Economia”, livro organizado por Eduardo Ribeiro e Engel Paschoal que traz os maiores nomes do Jornalismo Econômico brasileiro.

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